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Governo deixa de pagar toda a remuneração dos servidores da saúde e trabalhadores podem entrar em greve

Por ASCOM

O governo do Estado, liderado pelo PT e que sempre se gabou por pagar em dia os salários, passa a dar o calote em todos os servidores da saúde, deixando de pagar integralmente a remuneração dos trabalhadores. Os Sindicatos dos Médicos, dos Trabalhadores em Saúde do Estado, dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, dos Farmacêuticos e dos Motoristas de Ambulâncias unificaram o movimento contra as irregularidades.

De acordo com os sindicalistas, será realizada uma ação coordenada para entrar com milhares de processos contra o Estado, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e com denúncias para que os políticos sejam investigados pelos crimes que podem até resultar em prisão. Não está descartada uma greve geral na saúde para mostrar o descontentamento dos servidores que foram transformados em escravos, trabalhando em sábados, domingos e feriados sem receber os valores previstos em lei.

A última irregularidade cometida foram cortes nas progressões, a retirada da Insalubridade, da Periculosidade, do adicional de Urgência e Emergência, da sexta-parte, e o pagamento da especialidade referente às especializações de cada profissional, como por exemplo, pediatras, ginecologistas e anestesistas, dificultando até o interesse de novos profissionais que preferem trabalhar nos grandes centros a vir para o Acre, dificultando a vida da população.

O governo do Estado ainda prejudicou a população com as demissões de trabalhadores (sem pagamento de direitos trabalhistas para aqueles que atuavam desde 1994), com a ampliação de um plantão a mais por mês sem previsão legal e sem pagamento justo. A atual gestão da Sesacre ainda fez o fechamento de setores de atendimento, como enfermarias do Pronto Socorro, Ambulatório, Observação Pediátrica, Observação de Acidentes traumáticos, limitou um número menor de trabalhadores em diversas unidades.

categoria poderá deflagrar greve/Foto: Ascom

O resultado dos cortes poderá ser uma avalanche de ações milionárias cobrando do Estado todos os valores, incluindo indenizações, pois os cortes resultaram e perda de compra e na falta de dinheiro para pagar as próprias contas. Em alguns casos, em que os trabalhadores possuem salários defasados, o calote das gratificações chega a representar até 50% de toda a remuneração.

Muitos trabalhadores chegavam a tirar valores do próprio bolso para a compra de seringas e demais medicamentos e equipamentos para o trabalho, situação que pode não mais ocorrer, pois a saúde financeira do servidor está sendo abalada, segundo os sindicalistas.

Os representantes das entidades que defendem os trabalhadores já encaminharam para os órgãos fiscalizadores, como os Conselhos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE) todas as irregularidades. A expectativa é que haja uma operação contra os gestores.

Caso os valores atrasados não sejam quitados e os pagamentos não sejam regularizados, a paralisação pode ser deflagrada ainda em agosto.

Participam do movimento o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Sindicato dos Farmacêuticos (Sindfac), Sindicato dos Profissionais Auxiliares, Técnicos em Enfermagem e Enfermeiros (Spat) e Sindicato dos Condutores de Ambulância

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