Iapen afirma que “não se curvará às pressões” e que está “aberto ao diálogo” com manifestantes

A suspensão de visitas íntimas nas unidades prisionais de Rio Branco gerou proporções maiores do que as esperadas na última quarta-feira (15). Em protesto no Centro de Rio Branco, cônjuges e outros familiares de presidiário bloquearam um trecho da Avenida Ceará, gerando um engarrafamento no horário de rush da cidade.

A mobilização segue uma sequência de fatos envolvendo as unidades penitenciárias na Capital e no interior, iniciada com a greve de fome dos detentos na segunda-feira (13). Entre os motivadores da greve de fome, estaria a transferência de líderes de organizações criminosasa do presídio Franciso D’Oliveira Conde (FOC) para o Presídio de Segurança Máxima Antonio Amaro Alves.

Desde a quarta-feira (15), as visitas íntimas nos dois complexos penitenciários foi suspensa. Após o protesto no Centro, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) se pronunciou sobre as novas medidas.

REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO

Sobre a suspensão das visitas íntimas no presídio de segurança máxima, a assessoria destacou que “a Unidade Penitenciária de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves é um local para onde são destinados os presos de alta periculosidade. Após a conclusão da reforma, abriram novas vagas para cumprimento de pena no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) – onde há somente um detento por cela, e que proíbe, entre outras coisas, a visita íntima, conforme estabelece a portaria que rege as normas da unidade”.

“O GOVERNO NÃO IRÁ RECUAR”

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o diretor-presidente do Iapen-AC, Aberson Carvalho, destacou que o instituto está aberto ao diálogo, mas que, no entanto, “o governo não irá recuar” no que diz respeito ao que se chama de “regalia em uma unidade de segurança máxima”.

“Estamos abertos ao diálogo, assegurando aquilo que está garantido pelo sistema prisional. Mas aquilo que chamamos de ‘regalia’, em uma unidade de segurança máxima como o Antônio Amaro, o governo [do Estado] não irá recuar. Sabemos que estamos garantindo tudo previsto constitucionalmente, como alimentação, assistência, tratamento médico… No entanto, nas questões de visita íntima e garantia de ampliação do horário, há um padrão que será obedecido de acordo com as portarias”, afirmou Aberson.

Confira o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/lDo-5l1H1Xg

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