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Leo de Brito vai ao ato de registro da candidatura de Lula e nos dá outra lição de insensatez

Por ARCHIBALDO ANTUNES

Jonatas Faro e Thiago de Los Reyes, hoje motorista de Uber (Foto: Estevam Avellar – TV Globo)

Pontapé inicial

A campanha de rua está permitida a partir de hoje, quinta-feira (16). O calendário eleitoral permite aos candidatos, entre outras atividades, realizar comícios e carreatas, distribuir material gráfico e fazer propaganda na Internet (desde que não remunerada).

Rádio e TV

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão terá início no dia 31 de agosto, e terminará no dia 4 de outubro, três dias antes da votação. O período destinado à veiculação dos programas foi reduzido de 45 para 35 dias.

Largada

O senador Gladson Cameli (Progressistas) inicia sua agenda de campanha pelo Juruá, mais precisamente em sua terra natal, Cruzeiro do Sul. Já o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT), natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, preferiu começar pela Capital.

Agenda cheia

Nesta quinta, Gladson cumpre compromissos durante o dia e também à noite. Vai se reunir com empresários de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, visitar o comércio e participar de encontros com candidatos proporcionais do partido, militantes, apoiadores e simpatizantes de sua candidatura.

Evento inaugural

Marcus Alexandre também participa de evento com os candidatos do PT à Aleac, líderes comunitários e apoiadores. À tarde, grava programa de TV para o horário eleitoral gratuito e em seguida participa da inauguração do seu comitê central de campanha.

Praça da Revolução

O coronel Ulysses Araújo (PSL) não atendeu às minhas ligações telefônicas. Nas redes sociais e grupos do aplicativo WhatsApp, porém, fiquei sabendo que a primeira atividade de rua de Ulysses ocorreria nas primeiras horas desta quinta, na Praça da Revolução, em frente ao quartel da PM.

Festivo

Quanto ao redivivo David Hall (Avante), cuja candidatura ao governo por pouco não foi guilhotinada, a única notícia que se tem é que ele cumpriria agenda na noite de ontem (15), participando de um aniversário no bairro Bosque, na Capital.

No embalo da Rede

Sobre Janaína Furtado (Rede) nada se viu ou ouviu, a não ser a dedicação da vereadora no processo de montagem da comissão processante que vai apurar denúncia de crime de responsabilidade supostamente cometido pela prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino (PSD).

A regra e suas exceções

É claro que Hall e Janaína protagonizam candidaturas com quase nenhuma estrutura financeira, mas ainda assim convém questionar a viabilidade eleitoral de candidatos majoritários que não podem sequer contratar um assessor de comunicação.  Campanhas eleitorais custam os olhos da cara, e as majoritárias são ainda mais dispendiosas. A regra do jogo nos permite afirmar, portanto, que Hall e Janaína entram na disputa destinados a naufragar. E se eles discordam, estarei aqui aqui para registrar a contraprova.

Caradura

A presidenta impeachmada Dilma Rousseff, do PT, gravou, dias atrás, um vídeo pedindo doações em dinheiro para anabolizar os companheiros na corrida aos cargos majoritários e proporcionais. Quando vi, não sabia se ria ou chorava. Explico por quê.

Meandros do poder

O Fundo Eleitoral aprovado pelas excelências no Congresso Nacional, no bojo da minirreforma política, reservou mais de R$ 1,7 bilhão dos impostos cobrados de nós, contribuintes, para irrigar os partidos. Além disso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permitiu o uso do Fundo Partidário para a campanha, o que elevou a cifra para R$ 2,5 bilhões.

Era só o que faltava

Pois bem, não bastasse o fato de termos de financiar as candidaturas em pleno período de crise econômica, dona Dilma ainda apela aos parvos que porventura se disponham a doar mais dinheiro ao PT.

É cada uma!

É preciso enfatizar que a política econômica dos governos companheiros foi a causa da falência do país. E nada mais absurdo e afrontoso do que a presidenta aposentada, depois de tudo que nos causou, surgir de dentro da lata do lixo da história para pedir contribuições.

Financiamento público

Se o leitor ainda não se convenceu da patifaria, vamos aos números. Do Fundo Eleitoral, o PT tem direito a R$ 199 milhões. E do Fundo Partidário, outros R$ 212 milhões – num total de R$ 331 milhões. Alguém ainda se dispõe a dar dinheiro a essa gente?

Zap-zap

O site oficial do Partido dos Trabalhadores alardeou que a candidatura de Lula à Presidência teria sido o assunto mais comentado ontem (15). O portal cita dados do Trending Topics do Twitter do Brasil e do mundo como fonte da informação.

Só pra quadrúpedes

A propósito, na página inicial do sítio do PT na web havia, até ontem à noite, 12 ‘matérias’, oito das quais citando o nome do ex-presidente. É o que o meu falecido pai chamaria de ‘dose cavalar’.

Por que será?

O deputado federal Leo de Brito (PT) compareceu ontem ao ato de registro da candidatura de Lula no TSE. E até gravou um vídeo em defesa do ex-presidente, com a velha lengalenga que já sabemos de cor e salteado. O curioso é que o vídeo não foi publicado no perfil do parlamentar no Facebook.

Reação da PGR

Horas depois, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, questionou a legitimidade da candidatura do petista, alegando que ele é inelegível por ter sido condenado em duas instâncias da justiça federal por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Acorda, companheiro!

O assunto, na minha opinião, está sacramentado – em desfavor de Lula, é claro. Só Leo de Brito ainda não percebeu que as patacoadas que protagoniza em torno do tema não ajudam em absolutamente nada o detento-companheiro como também tendem a se converter em prejuízo moral e eleitoral para si próprio.

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