Mães de meninas que tomaram tomaram a vacina contra o HPV (Papiloma vírus humano) e sofrerem com reações adversas, protestaram na manhã desta sexta-feira (24), no centro de Rio Branco. Elas fecharam a Rua Benjamin Constant e a Avenida Marechal Deodoro, respectivamente em frente e ao lado da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), relatando sequelas enfrentadas por 30 adolescentes. Segundo as manifestantes, além das que enfrentam as consequências das vacinas, três garotas morreram após tomar as doses aplicadas em unidades de saúde no Estado.
“Fizemos uma denúnciahá três anos sobre essa vacina, e agora o Ministério Público diz que tem que aparecer mais vítimas, no entanto, eram 15 e agora já são 30 adolescente com sequelas. Será que ele quer que apareça mais?”, disse Joelma Dantas, prima da jovem da Bárbara Geovana, 13 anos, que sofre as consequências da imunização.
De acordo com Dantas, o governo prometeu criar um núcleo para dar assistência às vítimas e não cumpriu. “Até hoje estamos esperando a criação desse núcleo por parte do governo. A situação é caótica e as famílias não estão mais aguentando, as vítimas têm cerca de 20 convulsões por dia, estão acabadas e andam em cadeiras de rodas. A gente só quer o direito de saúde que a Constituição Federal garante a todos”, ressaltou.
A manifestação gerou um grande engarrafamento no Centro da capital. Vários motoristas tentaram furar o bloqueio feito pelas famílias, mas foram impedidos pelos manifestantes. A Rbtrans precisou ser acionada para controlar o trânsito no local.
Resposta da Sesacre
Procurada, a Secretaria de Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que a responsabilidade da vacina é do governo Federal e que o Estado já notificou o Ministério da Saúde e está buscando dar apoio à familiares e vítimas. “É importante destacar que o governo do Acre já notificou o Mistério da Saúde sobre os casos diagnosticados no Estado. Agora será feito uma análise dessas vacinas para que sejam tomadas as devidas providências”.