Os candidatos à Presidência da República realizaram nesta sexta-feira (17), o segundo debate eleitoral na televisão brasileira. O momento de enfrentamento entre Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) foi o principal destaque no encontro de presidenciáveis, que aconteceu na RedeTV.
Ao fim do quarto bloco, Bolsonaro escolheu a acreana Marina, para perguntar se ela concordava com a ideia, defendida por ele, de liberar o porte de arma à população. Na resposta, Marina foi direta e disse “não”. Porém, voltou ao tema da equiparação salarial entre homem e mulher, questionando o posicionamento do deputado federal, que declarou que o governo não pode intervir no sistema, no bloco anterior.
Marina, afirmou que o adversário não sabe “o que significa uma mulher ganhar um salário menor, ter a mesma competência e ser a primeira a ser demitida”, disse ela.
Na continuidade do debate, Bolsonaro questionou à candidata da Rede, sobre suas ideias e propostas sobre o aborto e drogas, e Marina rebateu. “Você não sabe o que é uma mulher ter um filho jogado no mundo das drogas. Eu defendo a mulher, inclusive a castração química para estupradores”, disparou o Militar.
Marina em seguida retrucou ,”Você acha que pode resolver tudo no grito, na violência. Nós somos mães, educamos nosso filhos. Você fica ensinando para os jovens que têm de resolver as coisas na base do grito, Bolsonaro. Outro dia, você pegou a mãozinha de uma criança e ensinou a atirar. Você sabe o que a Bíblia diz sobre ensinar uma criança? A Bíblia diz que se deve ensinar à criança o caminho que deve andar. É esse ensinamento que você quer dar ao povo brasileiro?”, enfatizou a ex-ministra do governo do PT.
Participaram do debate, os principais candidatos: Álvaro Dias (Podemos); Cabo Daciolo (Patriota); Ciro Gomes (PDT); Geraldo Alckmin (PSDB); Guilherme Boulos (PSOL); Henrique Meirelles (MDB); Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). Lula (PT), não participou do encontro, tendo em vista que o candidato do Partido dos trabalhadores, está preso na sede da Policia Federal em Curitiba, desde abril deste ano, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.