Nacional do Avante destitui diretório no Acre e ameaça candidatura de David Hall ao governo

Meia-volta, volver!

A executiva nacional do Avante destituiu ontem (7) a comissão provisória que comandava o diretório do partido no Acre. Com isso, tratou de derrubar a candidatura do professor universitário David Hall ao governo do estado.

Motivações

A iniciativa teria sido motivada pela intenção da direção nacional da legenda em forçar uma candidatura de Hall à Câmara dos Deputados. Bem, o leitor sabe tanto quanto eu que o valor do fundo partidário a que têm direito todas as siglas – bem como o tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito – depende do tamanho da bancada de cada uma delas na Câmara.

Tem mais

Além disso, quanto maior a número de parlamentares federais, maior será a pressão exercida sobre o presidente da República, na guerra por espaços no governo.

Terra de gigantes

Mas David Hall não se dá por vencido. Mesmo não chegando a 1% nas pesquisas de intenção de voto, ele insiste em disputar o governo. E promete uma ação judicial contra a decisão da nacional do seu partido.

Meia-verdade

Líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado, o deputado petista Daniel Zen tentou dar, ontem, um puxão de orelha nos colegas da oposição. Segundo ele, a ‘hipocrisia’ dos adversários reside no discurso – vez por outra martelado – de que o Acre foi à falência devido à nomeação desenfreada de comissionados.

Estamos de acordo

Diante da plateia de concursados da Polícia Militar que ainda não foram chamados pelo governo, disse Zen o seguinte: “Parem de hipocrisia, não sejam demagogos. Qualquer governador eleito vai indicar e nomear seus comissionados”.

Questão de ordem

Acontece, porém, que a questão não é bem essa. O problema está no fato de termos, no Acre, mais de 2.100 cargos em comissão, quando na Alemanha de Ângela Merkel eles se resumem a cerca de 500, e na superpotência de Donald Trump, a pouco mais de mil.

Equação bizarra

O segundo ponto a considerar aqui é que o governo do companheiro Tião Viana gaste mais de R$ 126 milhões ao ano com os cabides de emprego, ao passo que destina menos da metade disso ao setor da Segurança Pública.

Pedido

Do jeito como foi exposta, a questão permite a Daniel Zen chamar os colegas de demagogos. De volta ao contexto, o conjunto da obra nos obriga a pedir ao petista que cesse ele com a demagogia de uma vez por todas.

Bateu, levou!

Leitor me acusou ontem, em comentário na coluna, de ‘não ser jornalista’, e sim ‘militante’. Nem preciso contar o que vi em uma rápida visita à sua página no Facebook. Professor universitário, o dito-cujo é do tipo que apregoa a inocência de Lula e chama o impeachment de golpe. O referido senhor deve ser também leitor voraz da revista Carta Capital e sites como o brasil247 e Diário do Centro do Mundo.

Faço questão

Não sou do tipo melindroso, muito pelo contrário. Tanto que não foi a primeira (e nem terá sido a última) vez que me tentam ofender nos comentários desta página. Mas, com a licença de todos, o detrator de ontem ostenta anel de formatura no dedo e doutorado no currículo – e por isso faço questão de lhe responder.

Vai um chá de simancol, professor?

Essa gente costuma mugir e balir sempre que o noticiário lhe contraria as ideias. E do mesmo modo como se escandaliza todas as vezes que sites e jornais pendem à direita, acha tudo muito normal que emissoras públicas de rádio e TV sejam usadas para fins pessoais. Ou no Acre não é assim, doutor?

Divergências

A patota esquerdista defende que os meios de comunicação sejam todos geridos pelo estado, como acontece em Cuba, por exemplo – bem ao contrário de mim, que prefiro a maior parte dos serviços (em especial os prestados pela imprensa) nas mãos da iniciativa privada.

Motivação

A minha razão para pensar assim é muito simples: portais como este em que escrevo – e o leitor pode me ler e me esculhambar à vontade – são compostos por pessoas de variadas tendências ideológicas – ainda que eu suspeite de certo desequilíbrio na correlação das forças por aqui…

Diferentes, graças a Deus

Ocorre que neste site ninguém é obrigado a concordar com o ideário político dos proprietários. Já nas estatais como a TV Aldeia não há, já faz quase 20 anos, um só jornalista conservador. Essa é a primeira grande diferença entre a iniciativa privada e o poder público quando se trata de fazer jornalismo – sobretudo com os companheiros pendurados nos cabides do estado. A segunda reside na audiência – que este portal tem, e eles não.

Salvo-conduto

Pra concluir, confesso que desculpo pessoas de mediana instrução que porventura me cobrem a tal ‘imparcialidade’ de que acreditam ser feitos todos os verdadeiros jornalistas. Mas não posso perdoar uma patuscada dessa vinda de um doutor. Afinal, PhD. nunca servirá de salvo-conduto à burrice de ninguém.

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Nacional do Avante destitui diretório no Acre e ameaça candidatura de David Hall ao governo