Uma história comovente impressiona a todos que passam pelo Hospital da Criança de Rio Branco. Há 3 anos, a bebê Radassa Vitória, desde que nasceu, reside no hospital com o pai, Alan da Silva, 24 anos, após ser diagnosticada com uma doença degenerativa, que a fez perder quase todos os movimentos do corpo.
Ao completar os primeiros três meses, a criança sofreu uma parada cardíaca quando estava com os pais em casa. Ao ser levada para o hospital de urgência, às pressas, foi diagnosticada com pneumonia e em seguida, com uma distrofia neuromuscular. O pai que hoje cuida da criança sem a presença da mãe, afirma que desde a primeira internação, Radassa não sabe como é a casa, o sol, as pessoas que vivem fora do cenário de internação e também se há “vida em outro lugar”.
“Ela nunca saiu daqui pra saber como é lá fora, como são as pessoas, porque já está com a saúde muito comprometida. Radassa depende de mim, dos meus cuidados e eu amo ela incondicionalmente”, comentou.
Vitória, devido à distrofia, não movimenta quase nenhuma parte do corpo. Não mexe as pernas, os braços e, de acordo com o cuidador, deixou de abrir os olhos como fazia antes. Vitória sobrevive a partir de aparelhos respiratórios e depende dos cuidados da equipe médica, em um leito de isolamento nas dependências do hospital.
Silva já aprendeu a fazer todos os procedimentos cautelosos de limpeza. Sem ajuda das enfermeiras, consegue manusear os aparelhos e higienizar a filha.
Distrofia muscular se refere ao grupo de doenças genéticas nas quais os músculos que controlam o movimento enfraquecem progressivamente. No geral, apenas os músculos de movimentos voluntários são afetados, mas algumas formas dessa doença também podem atingir o coração e outros órgãos de movimentos involuntários.
“Radassa é meu maior presente. Acredito na cura dela e como pai, também vou sempre lutar para que ela tenha o melhor da vida”, disse.