25 de abril de 2024

PT manobrou nos bastidores para manter candidatura de Ulysses Araújo ao governo

País da piada pronta

O Brasil despertou ontem, segunda-feira, sob a nada auspiciosa notícia de que o PT fizera, no dia anterior, a sua convenção para apresentar o presidiário Luiz Inácio nas eleições presidenciais deste ano.

Criminoso comum

Pela Lei da Ficha Limpa, Lula está inelegível por ter sido condenado a 12 anos e um mês de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

É muito cinismo!

Enquanto o governador do Acre e correligionário Tião Viana declarava apoio aos petistas Lula e Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo e agora candidato a vice-presidente da República), a turma do PT concluía que o melhor a fazer era desistir de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a liberdade do ladrão-mor do partido.

Gente esperta

A desistência dos companheiros em apelar ao STF em benefício do ex-presidente tem uma razão comezinha: eles querem evitar que a discussão da inelegibilidade de Luiz Inácio seja discutida no Supremo antes de ser apreciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Elementar

Esse recuo prova que não é a liberdade de Lula que interessa ao PT, mas tão-somente as eleições de outubro deste ano. A tese de que ele é inocente, portanto, tem menos importância que o deferimento do registro de sua candidatura ao Palácio do Planalto. Resta alguma dúvida?

Fim da picada

O escracho de termos um detento a postular o mais alto cargo da República, porém, não é capaz de mobilizar a imprensa tupiniquim como o fez, por exemplo, a escolha do general Hamilton Mourão para candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL).

Inversão de valores

A propósito, a entrevista com Bolsonaro no programa Roda Viva já mostrara que os jornalistas, em geral, tendem a se escandalizar bem mais com a condenação de um capitão do Exército Brasileiro a 15 dias de cadeia, por indisciplina, do que com a biografia daqueles que na década de 60 participaram de assaltos a bancos, sequestros e execuções.

Plim-plim!

Há duas décadas, o filósofo Olavo de Carvalho já alertava para o fato de que, no Brasil, as redações dos jornais estão infestadas de militantes de esquerda, travestidos de jornalistas. O apresentador e comediante Chico Anísio disse a mesma coisa. E detalhe: Chico trabalhava na Rede Globo.

Acertamos de novo

Esta coluna acertou em cheio ao afirmar que a desistência do Coronel Ulysses Araújo de disputar o governo do Acre pelo PSL haveria de beneficiar a candidatura do senador Gladson Cameli (Progressistas).

Números não mentem

A pesquisa de intenção de voto realizada pelo instituto Delta, entre os dias 25 e 29 de julho, em dez municípios do Acre, incluindo a Capital, mostra que em todos os cenários em que Ulysses não aparecia, Gladson subiu alguns pontos percentuais.

Repulsa

Isso significa, trocados todos os miúdos, que outra de nossas teses, aqui exposta anteriormente, tem fundamento: quem declara voto em Ulysses o faz, principalmente, por não querer mais o PT no governo estadual.

Contramaré

E não foi apenas a imprensa quem fez o coronel da Polícia Militar do Acre ‘desistir de desistir’: foi principalmente o vereador N. Lima, que resolveu se colocar à disposição do partido para concorrer ao governo, caso Ulysses mantivesse a decisão de apoiar Gladson.

Boi na linha

Agora veja só o leitor que interessante: o parlamentar rio-branquense não consegue se eleger mais nem para a Assembleia Legislativa, e mesmo assim se dispõe a encarar uma eleição para o governo! Não é lindo?

Bordão

N. Lima, a propósito, foi deputado estadual de oposição e cunhou, de tanto repeti-lo nos seus pronunciamentos na tribuna, o bordão “A culpa é do PT!”. Eis um clichê que poderia ser usado agora para esclarecer o porquê do recuo de Ulysses, não é mesmo, excelência?

Manobras

As últimas pesquisas eleitorais mostram o petista Marcus Alexandre com quase 15 pontos percentuais de desvantagem em relação ao seu principal adversário, do Progressistas. Sem o apoio massivo das ruas, como antigamente, o PT então teve de manobrar nos bastidores, a fim de reverter o enfrentamento ‘tête-à-tête’ com a oposição. N. Lima, portanto, bem que merecia uma estrela vermelha no peito.

Sexo dos anjos

As convenções do fim de semana na Capital e no Alto Acre – respectivamente para homologar as candidaturas de Gladson Cameli e Marcus Alexandre (PT) ao governo – renderam discussões estéreis sobre qual deles conseguiu levar mais público aos eventos políticos.

Rir é o melhor remédio

Entre tantas ironias de lado a lado, a mais ferina partiu de um colega jornalista, segundo o qual o PT, de acordo com os cálculos dos caciques da sigla, teria levado 30 mil pessoas à sua convenção, no Sesi, ao passo que a aliança de Cameli, no Sesc-Bosque, apenas 29.999.

Cirúrgico

Sobre esse mesmo assunto, o colega Luciano Tavares, do site ac24horas, foi o mais cirúrgico entre nós, os comunicadores, ao afirmar, em artigo de sua autoria, que a eleição deste ano tende a ser decidida não por quem compareceu às convenções, mas sim por aqueles que ficaram do lado de fora.    

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