Em Brasília, a deputada estadual e presidente municipal do MDB Mulher de Rio Branco, Eliane Sinhasique (MDB), entregou, na tarde desta quarta-feira (01), 40 Propostas para uma Governança que pensa na Mulher Acreana para o pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meireles.
O documento é fruto de 8 encontros do Programa Mulheres Transformadoras que ocorreram na capital Rio Branco e em três municípios do Estado (Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre). Mais de 1200 mulheres participaram e deram a sua contribuição para o documento que visa garantir políticas públicas femininas eficientes e efetivas.
“Entregamos para o nosso pré-candidato a presidente, Henrique Meireles, as Propostas para uma governança que pensa na mulher acreana, pois se pensarem na mulher do Acre, pensarão em todas as mulheres brasileiras, pois nossas realidades são bem semelhantes. As pautas femininas precisam ser abraçadas pelos governantes de todas as esferas: federal, estadual e municipal”, declarou Sinhasique.
Meireles se comprometeu em colocar essas propostas em seu Plano de Governo. “Com certeza, no meu Governo daremos a devida importância às mulheres. Adotaremos muitas dessas sugestões. Iremos trocando ideias para afinar o Plano. Esse documento irá nos ajudar a olhar a mulher de forma mais cuidadosa e preocupada”.
Sinhasique também irá entregar os documentos para os pré-candidatos do Acre ao Governo do Estado. “Esse trabalho foi realizado com a preocupação de ouvir o que as mulheres realmente precisam. Dessas plenárias, colhemos ideias, sugestões e reclamações do que não tem funcionado. Precisamos fazer com que nossas mulheres saiam da invisibilidade e sejam enxergadas com todas as suas peculiaridades biológicas, fatores sociais, econômicos, culturais e políticos”.
Propostas
O documento possui 40 propostas nas temáticas Saúde da Mulher e da Família; Educação; Emprego, Renda e Empreendedorismo; Vida Social; Esporte e Lazer; Segurança e Rede de Proteção à Mulher; Participação Feminina no Governo. Conheça algumas delas:
- Criação do Hospital Centro de Referência da Saúde da Mulher, objetivando a implantação de um modelo de atendimento assistencial que aumente a disponibilidade diagnóstica, e dê mais agilidade no atendimento especializado às mulheres.
- Criação de centros de saúde da mulher, onde as mulheres sejam atendidas em suas singularidades e otimizem tempo, realizando desde um exame de PCCU à uma biopsia, com celeridade e em um único lugar;
- Criação de Unidades de Pronto Atendimento Pediátrico, de forma que esses especialistas estejam à disposição das crianças no momento em que elas mais precisam; e nos postos de saúde precisamos que as consultas não sejam limitadas para mães e filhos como se as pessoas só tivessem o infortúnio de adoecer uma vez por mês;
- Criação de cursos profissionalizantes adaptáveis às mulheres que não sabem ler e escrever. Cursos que ensinem de forma prática e oportunizem renda para estas mulheres, sem que seja necessária a alfabetização prévia delas. Cursos como jardinagem, cortes de cabelo, manicure e pedicure, designer de sobrancelhas, produção de alimentos, corte e costura, etc.;
- Cursos de culinária, oferecendo treinamento de produção de alimentos, utilizando as cantinas das escolas de cada bairro, em horários noturnos ou em finais de semana, pois nas cantinas escolares já há a infraestrutura necessária. Levando empreendedorismo dentro das comunidades, a gestão pública garante a promoção da autonomia da mulher, e gera emprego e renda às famílias mais vulneráveis do nosso Estado;
- Firmar parcerias com as prefeituras, identificando bens públicos do Estado que não estão sendo usados e que podem ser cedidos para as prefeituras usarem como espaço para a oferta de creches, assim como usar as igrejas melhores estruturada fisicamente para esse fim pois isso permitiria que as mães buscassem o mercado de trabalho, podendo assim ampliar a renda familiar e melhorar a qualidade de vida de seus filhos. Um dos maiores problemas que as mulheres
- Criação de uma “Rede de proteção à mulher”, para trabalhar com mulheres em situação de violência doméstica, onde muitas vezes o que as prende ao relacionamento é o fator financeiro. Essa Rede trabalharia a parte emocional da mulher, prestaria apoio jurídico no caso da separação marital e ofereceria cursos profissionalizantes para que estas mulheres se sintam capazes de enfrentar o mercado de trabalho e tenham a dignidade de suster-se e suster seus filhos