Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) realizou na manhã desta quinta-feira (27) sessão solene em homenagem aos cinquenta anos de fundação do Hospital Santa Juliana e da administração diocesana da Casa de Acolhimento Souza Araújo, localizados em Rio Branco. Segundo Sinhasique, a missão do Hospital Santa Juliana é atender os mais pobres e excluídos da sociedade.
Mais de cem pessoas lotaram a Galeria Marina Silva, onde assistiram à sessão. O Padre Jairo Coelho, a diretora da Casa de Acolhimento Souza Araújo, o diretor do Hospital Santa Juliana, Marcus Paulo, e o Bispo Joaquim Pertinez representaram os homenageados.
Sinhasique pediu uma atenção especial do governo para essas instituições. “Muito obrigado pela presença de todos vocês, ao Bispo Joaquim, e dizer que eu como parlamentar continuarei reivindicando e buscando daqui melhorias que possam vir a contribuir com as instituições que representam. Peço ao governo que valorize os trabalhos realizados por vocês e, principalmente, que dê condições para que vocês desenvolvam um trabalho de qualidade”, enfatizou.
De acordo com o Padre Jairo Coelho, o governo não prioriza as pessoas, mais sim as instituições públicas. “Desde maio que o governo não repassa recursos para mantermos a Casa de Acolhimento em favor dos portadores de hanseníase. Mais, constrói um lago do amor no Acre e ao mesmo tempo não tem amor aos doentes”, disse.
O deputado estadual Jesus Sérgio (PDT), disse que como liderança caótica, luta na Assembléia legislativa pelas causas sociais. “A gente como parlamentar, pedimos aos governantes que priorizem os trabalhos desenvolvidos pela igreja católica, em especial a Santa Juliana e a Casa de Acolhimento Souza Araújo”, frisou Sérgio.
História do Hospital Santa Juliana no Acre
O Hospital Santa Juliana surgiu como resposta às necessidades de saúde da população da capital e do interior do Estado, na periferia de Rio Branco. O Hospital foi construído para 65 leitos.
Nos anos 1967-1968 multiplicaram-se os esforços para o acabamento do mesmo. Nele trabalharam os jovens missionários italianos Paolo Barbieri e Giorgio Chiussi, que generosamente vieram dar alguns anos de suas vidas à Missão.
Alguns testemunhos dão conta da construção de um só andar, três pavilhões unidos por um corredor central. Pronto para receber de 80 a 100 pacientes. O primeiro diretor foi o médico José Cerqueira, auxiliado por 5 irmãs Servas de Maria Reparadoras, que por sua vez eram ajudadas por um grupo de enfermeiras de Rio Branco. Um jovem voluntário de Ancona, Mássimo Mingarelli, era o administrador”.
Em1968, como resultado de toda essa atividade, o hospital dfoi inaugurado (05 de outubro) com a presença do Cardeal de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, do Bispo de Parintins, Dom Arcângelo Cerqua, do Brigadeiro Afonso Belo, da Força Aérea Brasileira, do Governador de Estado, Jorge Kalume e de uma representação de cinco Deputados Federais e de muita gente do povo para quem o Hospital fora construído.
As Irmãs Servas de Maria Reparadoras seriam as diretoras e enfermeiras do Hospital. Na véspera, sob o comando do piloto Frei Dionísio Mandaio, chegava o bimotor da fábrica “Dornier” da Alemanha, fruto de mais uma campanha do padre Heitor Turrini na Europa. A finalidade do avião era tirar os centros missionários do isolamento, num tempo em que as estradas só existiam em sonhos no Acre. Outra finalidade era o de providenciar um transporte mais confortável e rápido para os doentes graves.