Para finalizar a sua agenda política no Acre, o candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), concedeu à imprensa acreana entrevista coletiva no Hotel Pinheiro, e foi questionado sobre vários temas pertinentes ao que pretende fazer caso seja eleito.
Ele estava acompanhado do candidato ao governo, Coronel Ulisses (PSL), e de Paulo Pedrazza, que disputa uma vaga ao Senado.
No tocante à violência que toma conta do Acre e do restante do Brasil, Bolsonaro reiterou que não “vai dar refresco para bandido”, e que pretende condecorar inclusive o policial que “matar” no exercício de sua função.
“Temos que mudar isso. Eu prefiro um cemitério cheio de bandido que de inocentes. Os Direitos Humanos têm que se colocar no seu devido lugar e cuidar das vítimas. Bandido é bandido, e comigo não vai ter vez”, disse Bolsonaro.
Perguntado sobre o sistema atual prisional do Brasil, que hoje consome bilhões dos recursos públicos da União, Bolsonaro disse que vai acabar com as mordomias de presos e mudará a política de auxílio-reclusão.
“É inadmissível um preso ganhar mais que um trabalhador que só recebe um salário mínimo, Quem está preso tem direito de não ter direito algum . Ele tem que ficar caladinho. Eu não tenho pena desse tipo de gente. É só não fazer besteira que não vai para a penal. E esse recurso de auxílio-reclusão que seja dado às famílias das vítimas e não para o vagabundo que matou ou cometeu o crime”, afirma.
Em relação à economia do país, Bolsonaro disse que o Brasil tem que investir em pesquisa, desburocratizar o sistema atual, dar incentivos fiscais e explorar os recursos naturais.
“Iremos colocar pessoas certas nos lugares certos. Meus ministérios terão pessoas capacitadas. Pessoas que entendam de cada área específica. Enfim, o que não podemos é querer salvar a economia do País quebrando a população brasileira como tantos e tantos governos vêm fazendo ao longo dos anos”, cutucou o presidenciável.
Em relação à educação, Bolsonaro disse que a princípio vai radicalizar o atual modelo que vem sendo, segundo ele, implantado no Brasil, onde o professor perdeu totalmente a sua autoridade em sala de aula.
“Hoje o aluno não respeita mais o seu professor. Se o professor toma, por exemplo, o celular de um aluno na sala de aula, e o professor é que é punido. Isso é um absurdo e é inadmissível. Iremos criar escolas militares em todos os estados do Brasil. Sala de aula é para dar ensino. Educação se aprende em casa e nossos alunos e os pais desses alunos terão exatamente que saber disso e é assim que funciona”.
Perguntado sobre a falta de segurança durante a sua visita ao estado do Acre, Bolsonaro lamentou muito a falta de ‘respeito’ do governador Tião Viana.
“Em todos os lugares por onde passei, mesmo de governos de outros partidos e até que me odeiam, eles colocaram a PM e a Policia Federal para proteger a mim, e à minha equipe. Até porque há, sim, muita gente me acompanhando e isso trás grandes multidões. Agora, por esse governador aí que é do PT, simplesmente ele ignorou e foi não só uma falta de responsabilidade, como também falta de cortesia. Se eu fosse já presidente e ele candidato, eu com certeza, colocaria meus melhores homens para protegê-lo”, finalizou.