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Comandante da PM confirma que agente do Bope acionou gás em desfile cívico por engano

Por NANY DAMASCENO, DO CONTILNET

Durante o tradicional desfile de 7 de setembro realizado na manhã desta sexta-feira (7), houve uma confusão durante a participação do Colégio Militar no evento, onde alunos e outros participantes foram atingidos por um gás lacrimogêneo. O comandante geral da Polícia Militar, Marcos Kinpara, explicou o ocorrido por meio de uma nota oficial.

À esquerda, com 2 faixas vermelhas, recipiente que não continha agentes químicos/ Foto: Reprodução

“Quando a PM erra, todos erram. A PM sai de casa para salvar vidas, não para causar transtornos”, reforçou Kinpara.

Segundo a explicação de Kinpara, houve um erro na hora da seleção dos dispositivos que soltavam a fumaça colorida, que serviria como uma espécie de decoração para a festa, mas com a troca dos recipientes, o militar do Batalhão de Operações Especiais (Bope) acabou lançando o agente químico lacrimogêneo, provocando irritação na pele, nos olhos e nas vias respiratórias de todos que estavam próximos no momento.

Ainda de acordo com o comandante, os dispositivos­­­ teriam uma aparência semelhante, o que ajudou na troca dos objetos: “Os dispositivos são muito parecidos, se diferenciam apenas pelo número de identificação e uma mar­ca que fica na parte superior. ”

O militar responsável pelo incidente foi ouvido e será feita uma apuração pela corregedoria da PM para saber quais medidas serão tomadas.  De acordo com o comandante, o militar é treinado e possui curso na área, e quando percebeu o equívoco tentou impedir a dispersão. “Ele se machucou, tendo queimaduras de segundo grau, pois segurou o recipiente com as mãos”, disse Kinpara.

Veja a nota na íntegra e ao fim, o vídeo do momento em que o gás foi liberado

Nota de Esclarecimento

O Comandante-Geral da Polícia Militar do Acre vem a público lamentar profundamente pelo incidente ocorrido durante o desfile cívico de 07 de Setembro onde, por engano, um dispositivo de fumaça com agente químico lacrimogêneo foi acionado por um militar do nosso estimado Batalhão de Operações Especiais (Bope). Os dispositivos são muito parecidos e se diferenciam apenas por um número de identificação e uma marca na parte superior do estojo.

A fumaça colorida serviria para abrilhantar ainda mais o grande desfile das crianças do Colégio Militar Tiradentes no 07 de Setembro, que foi planejado com muito zelo e cuidado. A elas e aos pais, pedimos sinceras desculpas. O responsável pelo equívoco foi ouvido, momento em que assumiu inteiramente sua responsabilidade e foi possível notar que ele está profundamente triste, pois tem consciência que poderia ter ocorrido algo de mais grave com as crianças e o público presente.

Ressaltamos que nenhum policial militar da nossa corporação entra de serviço decidido a errar, mas o erro pode acontecer até mesmo quando se tem alto treinamento e capacitação. No caso, o militar envolvido é um profissional com grande experiência e cursos operacionais na área de distúrbios civis, e integra o pelotão de choque daquela Unidade, que está na linha de frente das ocorrências mais difíceis da Polícia Militar do Acre. Quando ele percebeu o equívoco tentou impedir a dispersão do agente químico, o que lhe rendeu queimaduras nas mãos.

Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e reiteramos nossas sinceras desculpas a toda população exposta a esta situação e, principalmente às crianças do nosso querido Colégio Militar Tiradentes e a seus pais.

Rio Branco – Acre, 07 de setembro de 2018.

Marcos da Silva Kinpara – Coronel PM
Comandante-Geral da PMAC

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