Programação enfadonha
Mais da metade dos eleitores acreanos não acompanham os programas eleitorais no rádio ou na TV. É o que revela a pesquisa recém-registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Acre (número AC-09087/2018) pelo instituto Data Control.
Antenados
Outros 44,8% garantem que assistem à propaganda eleitoral pela TV, contra 3,2% que preferem ouvir os programas pelo rádio. A internet é a preferida de 7,6%. Outros 1,6% dizem ‘receber panfletos’. Pois bem: na outra ponta está a maioria, formada por 51,5% do eleitorado. O resultado não fecha nos 100% porque o entrevistado pôde escolher mais de uma resposta.
Paradoxo
Mas não acompanhar a programação eleitoral nos meios de comunicação não significa, necessariamente, desprezo pelas eleições. De acordo com o Data Control, os que não têm ‘nenhum interesse’ pelo assunto somam 31,2%. Os ‘indiferentes’ totalizam 4,3%. Os ‘pouco interessados’ são 34,3%. Já os que se interessam somam 17,2% e os que são ‘muito interessados’, 13,1%.
Dados obrigatórios
Realizada entre os dias 10 e 13 de setembro, a sondagem do instituto Data Control ouviu 1.162 eleitores. Sua margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e com intervalo de confiança de 95%.
Indecisos
A 17 dias de irmos às urnas, os eleitores que se declaram em dúvida em quem votar para o governo estadual somam 7,2%. É um percentual baixo, se comparado aos 29,8% que não decidiram ainda em quem votar para o Senado da República.
Liderança
Na disputa à sucessão do governador Tião Viana (PT), o Data Control afirma que o senador Gladson Cameli (Progressistas) tem vantagem superior a 16 pontos percentuais sobre o adversário petista Marcus Alexandre. Gladson aparece com 46,6% das intenções de voto, contra 30,1% do ex-prefeito de Rio Branco.
Pela ordem
Na sequência estão o coronel Ulysses Araújo (PSL), com 6,8%; Janaína Furtado (Rede), com 1,9%; e David Hall (Avante), com 0,6%.
Melhores propostas
Os eleitores que acompanham os programas dos candidatos ao governo do Acre no horário eleitoral gratuito foram instados a responder qual deles tem apresentado as melhores propostas. E os resultados são compatíveis com a preferência de cada um. Segundo o Data Control, 40,1% responderam que Gladson Cameli tem as melhores propostas, contra 26,3% de Marcus Alexandre, 5,7% do Coronel Ulysses, 0,7% de Janaína Furtado e 0,4% de David Hall.
Questão legal
Como a sondagem foi registrada apenas no Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), não podemos divulgar os números para a disputa à Presidência da República. Apenas confidenciarei ao leitor da coluna que Jair Bolsonaro (PSL) está muito, mas muito à frente dos adversários.
Senado da República
Conforme pôde ver o leitor neste portal, na corrida ao Senado, Sérgio Petecão (PSD) continua à frente de Jorge Viana (PT). Na sequência aparecem Marcio Bittar (MDB), Ney Amorim (PT), Minoru Kimpara (Rede) e Paulo Pedrasa (PSL). Pra ler a matéria completa é só clicar aqui.
Desgaste
Os companheiros lideram apenas quando o assunto é rejeição. Tanto o candidato ao governo do Acre quanto os dois postulantes ao Senado pelo PT encabeçam a lista. O que, convenhamos, é natural para representantes de um partido que está, por estas bandas, há quase 20 anos no poder.
Expertise
Aliás, tanto a rejeição quanto o percentual de indecisos na disputa para o Senado podem ser, segundo me disse um especialista no assunto, determinantes para reviravoltas eleitorais. Isso significa, segundo a minha fonte, que tanto Marcio Bittar quanto Ney Amorim não podem ser dados como batidos.
Ponto de vista
Já a disputa para o governo conta, de acordo com o levantamento do Data Control, com 65,6% dos votos consolidados, contra 28,4% dos eleitores que afirmam poder, ainda, mudar de ideia. Minha opinião é que essa hesitação tende a beneficiar quem está à frente, uma vez que os eleitores acreanos, grosso modo, têm como lema “não perder o voto”.
Gangorra
A pesquisa mostra crescimento de 3 pontos percentuais do candidato Gladson Cameli, em relação ao levantamento anterior, divulgado no dia 21 de julho. Marcus Alexandre, por sua vez, ‘inflou’ 1,2% no mesmo período. Ulysses também cresceu 0,7%, tendência acompanhada por David Hall (0,3%). Apenas Janaína Furtado se desidratou eleitoralmente: caiu de 2,5% para 1,9%.
Mais indecisos, menos votos nulos
E se nesse ínterim aumentou o número de indecisos (de 6,5% para 7,2%), o total de eleitores que antes declaravam que votariam em branco/nulo diminuiu de 11,5% para 6,8%.
Não saberia responder
Mas se alguém porventura me perguntasse se a eleição para o Palácio Rio Branco pode ser definida ainda no primeiro turno, a minha resposta, com toda sinceridade, seria a seguinte: “Não sei dizer”. Ainda assim, essa possibilidade existe, creio. E o leitor, o que acha?