Debate na Ufac entre candidatos ao governo é marcado por tumulto promovido por militantes

A tentativa de debate realizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Acre (Ufac), na noite desta sexta-feira (14), foi acalorado e teve como principal marca o tumulto promovido por militantes partidários, em especial os do Partido dos Trabalhadores. Em maioria, os partidários do candidato Marcus Alexandre (PT) por diversas vezes gritaram “chame chame quem trabalha”, todas as vezes que ele discursava.

Além de Alexandre, compareceram ao evento Ulysses Araújo (PSL), Janaína Furtado (Rede) e David Hall (Avante). A assessoria de Gladson Cameli (Progressistas) informou que o senador não pôde comparecer devido à sua agenda de campanha, focada nesta sexta no município de Acrelândia.

Ulysses Araújo centrou críticas na segurança Pública: culpa do governo, disse/Foto: reprodução

Devido à algazarra, a organização do debate precisou intervir por diversas vezes, pedindo aos presentes que respeitassem a fala dos candidatos. O mais prejudicado pela plateia foi o Coronel Ulysses.

Segurança Pública

Questionado sobre o alto índice de violência, Ulysses Araújo afirmou ter se preparado para lidar com o tema ‘fora do país’, e que por isso entende do assunto. “A culpa pelo caos da segurança pública é do governo do Acre. É ele quem comanda [as forças se segurança do estado]”, declarou o candidato do PSL.

Marcus Alexandre defendeu Tião Viana e manifestou apoio a Lula/Foto: reprodução

Em resposta, Marcus Alexandre defendeu as ações do aliado Tião Viana. “O governo vem trabalhando para reduzir os índices [de criminalidade], e nós iremos fortalecer as fronteiras e trabalhar com vídeo-monitoramento”, disse ele.

Saúde

David Hall frisou a precária situação da saúde no Acre. Segundo ele, a população anda insatisfeita com a qualidade dos serviços prestados pelo governo. “As pessoas não aguentam mais as filas de espera para as cirurgias, e a culpa pelos péssimos serviços prestados é do governo. A situação é desumana. Para ser atendido na Upa, os pacientes chegam às 8 horas da manhã e são atendidas às 8 da noite. Um absurdo”, enfatizou Hall.

David Hall: “A população não aguenta ficar nas filas dos hospitais”/Foto: reprodução

Marcus Alexandre reconheceu os atrasos nas obras feitas pelo governo do estado, e prometeu concluí-las em sua gestão. “Devo reconhecer que existem falhas, mas vamos corrigir isso, vamos finalizar as obras do Hospital de Brasiléia e o Pronto Socorro, garantindo a qualidade da saúde”, ressaltou.

Educação

O candidato do PSL destacou que “recurso para se investir em educação o estado tem de sobra”. Segundo ele, há dinheiro para investimentos na educação, “mas o governo gasta mal, por isso não temos qualidade no ensino”, disse.

Janaína Furtado, que é professora, falou que pretende investir em educação de qualidade caso vença a eleição. “Precisamos investir em ensino integral na cidade e no interior”, afirmou.

Janaína Furtado evitou bater no governo do PT: “Vamos fazer educação de qualidade”/Foto: reprodução

O ex-prefeito de Rio Branco retrucou Ulysses, afirmando que ele errou os números da educação. Marcus Alexandre pediu ao adversário que estudasse mais sobre o assunto. E acrescentou que todos os cursos que o coronel do Bope disse ter feito sobre segurança fora do país foram pagos pelo governo.

Assessoria de Gladson Cameli justificou sua ausência: agenda no interior/Foto: reprodução

Em defesa de Lula

Além de mencionar a ausência do principal adversário no debate, Marcus Alexandre fez questão de defender o ex-presidente Lula, preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba após condenado a 12,1 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

“Quero agradecer ao ex-presidente Lula, pois foi ele quem mais investiu em educação. Os maiores investimentos realizados nesta universidade foram feitos pelo Lula”, finalizou o candidato petista.

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