Empresa japonesa oferece serviço que envia declarações de amor para o espaço

Uma empresa japonesa emergente vinculada à Universidade de Tsukuba lançará no final de 2019 pequenos satélites para o espaço com placas comemorativas de titânio, nas quais podem ser gravadas declarações de amor.

Os interessados poderão gravar as frases que desejarem em placas de 1,8 centímetro de comprimento e 0,8 centímetro de largura que viajam para o espaço em satélites e, em seguida, irão orbitar em torno da Terra por cerca de dois anos antes de se incinerarem.

Os satélites “CubeSat”, de cerca de 10 centímetros de tamanho, podem acomodar até 600 placas de titânio puro deste tipo, e serão levados para a Estação Espacial Internacional (ISS) por um foguete da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) .

Uma vez na ISS, os astronautas que lá estão tirarão fotos do satélite ultrapequeno que serão enviadas aos casais para mostrá-los que suas mensagens chegaram ao espaço, disse nesta segunda-feira (3) à Agência Efe um dos líderes do projeto e CEO da empresa, Toshihiro Kameda.

O astronauta faz caminhada espacial na ISS  (Foto: NASA)

O astronauta faz caminhada espacial na ISS (Foto: NASA)

A “start-up” contemplava oferecer este serviço apenas para os recém-casados que celebram seu casamento em um hotel local de Tsukuba, por um preço de 30 mil ienes (R$ 1,1 mil), mas com a crescente demanda decidiu expandir sua oferta e lançar um sistema de pedidos online este mês.

Embora ainda não haja uma estimativa de quantas pessoas se interessaram por esse serviço, por enquanto, casais de Japão, Estados Unidos e Taiwan já entraram em contato com a empresa.

Os minis satélites e placas que transportam vão se incinerar em dois anos, quando em contato com a atmosfera da Terra, por isso “não seriam um problema” nem se tornariam lixo espacial, já que o titânio usado na indústria aeroespacial não é prejudicial, explicou Kameda.

À medida que se aproxima da Terra, o satélite irá gradualmente perder energia até entrar na atmosfera, “onde vai queimar”, segundo o engenheiro, professor de mecânica de materiais da Universidade de Tsukuba.

Se este serviço “obtiver uma boa resposta”, a Warpspace expandirá seus negócios enviando mais objetos comemorativos para o espaço, que logo viajariam de volta para a Terra, disse a pessoa responsável pelo projeto.

PUBLICIDADE