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Jair Bolsonaro é submetido a cirurgia de emergência para desobstrução do intestino

Por GUSTAVO MAIA E LUCIANA QUIERATI, DO UOL EM SÃO PAULO

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido a uma cirurgia de emergência de pouco mais de uma hora na noite desta quarta-feira (12) devido a um problema no intestino. O candidato passa bem e foi reencaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de onde havia saído na terça (11). Há seis dias, ele foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG).

De acordo com boletim médico divulgado às 23h pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o deputado federal e candidato à Presidência apresentou uma distensão abdominal progressiva e náuseas, sendo submetido a uma tomografia do abdômen. O exame evidenciou a presença de aderência – uma espécie de faixa de tecido humano – obstruindo o intestino delgado, e os médicos optaram por realizar a cirurgia.

Bolsonaro lidera as principais pesquisas de intenções de voto/Foto: reprodução

O comunicado foi assinado pelo cirurgião Dr. Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Dr. Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do hospital, Dr. Miguel Cendoroglo.

A cirurgia foi concluída com sucesso pouco antes das 23h50. Segundo a Folha, foram retiradas aderências que obstruíram o intestino delgado, e corrigida uma fístula surgida em uma das suturas feitas na cirurgia inicial, do dia do ataque a faca.

A informação da cirurgia já havia sido confirmada ao UOL às 22h30 pelo presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, que acompanha o candidato no Albert Einstein.

Mais tarde, em entrevista coletiva na porta do hospital, Bebianno afirmou que Bolsonaro estava passando mal desde a noite de terça (11), com dores abdominais, náuseas e vômito. Ele pediu orações para o deputado e chamou de “atentado político” o ataque a faca contra Bolsonaro.

A mulher do presidenciável, Michelle, já tinha deixado o hospital, mas voltou às pressas quando soube da emergência. Além dela e de Bebianno, também estão no Albert Einstein um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), e seguranças do candidato.

Ataque, cirurgia e evolução

Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato de campanha na última quinta-feira (6), em Juiz de Fora. Uma veia abdominal e os dois intestinos foram atingidos. No mesmo dia, ele passou por uma cirurgia de cerca de duas horas na Santa Casa da cidade, sendo transferido para São Paulo na manhã seguinte.

Uma outra cirurgia já estava prevista, para retirar a espécie de bolsa que foi acoplada ao intestino do político, mas não há previsão para que esse procedimento ocorra. Inicialmente, a expectativa dos médicos era de que ele deveria ficar internado entre uma semana e 10 dias.

Ao longo da semana, o presidenciável demonstrou sinais de evolução e passou nesta terça-feira da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para uma unidade de cuidados semi-intensivos.

Também ontem, os médicos iniciaram a reintrodução alimentar, mas a alimentação oral foi suspensa hoje (12) devido ao surgimento de uma distensão abdominal.

O boletim médico divulgado pelo hospital por volta das 18h30 desta quarta-feira informou que Bolsonaro estava em situação estável, sem alterações no quadro clínico nas 12 horas anteriores.

Bolsonaro lidera as principais pesquisas de intenções de voto para o Planalto. No Ibope divulgado nesta terça-feira (11), ele apareceu com 26% das intenções de voto.

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