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Mãe denuncia que filho foi espancado pela Polícia Militar após sair de célula evangélica

Por SAIMO MARTINS, PARA CONTILNET

Eliete de Castro do Nascimento, mãe do menor de idade, de 16 anos, denunciou a reportagem do portal ContilNet, que seu filho foi espancado por dois policiais militares, na última quinta-feira (20), às 22 horas da noite, no bairro Leonardo Barbosa, no município de Brasileia.

Segundo informações da mãe do adolescente, o jovem havia saído de uma célula evangélica em direção a casa de sua avó que se encontra doente, quando então foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar. “Quando meu filho ia passando, a polícia lhe abordou e algemou, em seguida o conduziram ao carro, dizendo que ia levá-lo a delegacia”, destacou.

Vítima sendo socorrida pelo Samu/Foto: arquivo pessoal

Eliete disse que se direcionou a delegacia do município meia hora depois, no entanto, seu filho não havia chegado ao local. “Quando cheguei na delegacia; esperei por meia hora e ele não chegou. Fui pra minha casa, mas ao voltar os militares já haviam trazido ele, com um saco plástico na cabeça e acertaram vários socos no estômago e na cabeça dele”, relatou.

Conforme explicou a mãe do adolescente, o jovem ainda foi ameaçado pelos PMs. “Disseram que se ele contasse algo pra mim, eles iriam matar meu filho”, afirmou.

Quando o rapaz começar a vomitar sangue, a mãe desesperada, ligou para o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu). “Devido ao estado de saúde do meu filho, eu não pude trazer ele para Rio Branco, apenas no dia seguinte. No outro dia, trouxemos ao Pronto Socorro da capital, aonde ele está internado, com uma costela quebrada e precisamos fazer uma drenagem no fígado para retirada de sangue”, falou.

Eliete informou que após o incidente registrou queixa na delegacia, aonde o jovem, em seguida, fez o exame de corpo delito, por lesões corporais.

Resposta do Comando da Polícia Militar do Acre

A reportagem procurou o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Marcos Kinpara, que informou desconhecer o teor dos acontecimentos, porém, enfatizou que assim que apurar os fatos, será aberto um processo na corregedoria. “A Polícia Militar não permite isso, estamos a serviço para salvar a vida do cidadão. Iremos abrir uma instauração e apurar a conduta dos policiais”, declarou Kimpara.

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