Suspeito de ter dado uma facada no candidato Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira mora em Montes Claros (MG) e atualmente está desempregado. Uma das últimas ocupações dele foi como servente de pedreiro, mas ele já trabalhou em cafeteria e hotel.
Nas redes sociais, Oliveira é um crítico recorrente de Bolsonaro. “Dá nojo só de ouvir que (sic) dizer que a ditadura deveria ter matado pelos uns 30 mil comunistas”, escreveu ele em um dos posts mais recentes, em 1º de agosto.
Ele também publicou recentemente ataques a vice do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), senadora Ana Amélia. “É ladra de projetos”, escreveu ele também em agosto deste ano.
Desde o ano passado, o servente de pedreiro move uma ação trabalhista contra uma construtora de Balneário Camboriú (SC), de onde foi demitido em 2015. O GLOBO falou com o advogado trabalhista Pedro Tiago Oliveira Santos, que defende o servente de pedreiro. Ele disse estar surpreso com a atitude do cliente.
— A última vez que falei com ele foi há um mês, coisas do processo. Estou vendo agora que foui ele que fez isso com o Bolsonaro — afirmou.
Nas redes sociais, Oliveira também se mostra um crítico da maçonaria. “Metade dos assassinatos no Brasil estão diretamente ligados a maçonaria, execuções por ordem de maçon, e isso gira em torno de 33 mil assassinatos no Brasil por este sistema satânico”, postou em 2017.
Não fica claro em seu perfil se ele é militante de algum partido político.
Assim que foi identificado como suspeito da tentativa de homicídio contra Bolsonaro em Juiz de Fora, o servente de pedreiro passou a ser alvo de ataques de simpatizantes do candidato nas redes. No perfil dele no Facebook, apoiadores de Bolsonaro deixam mensagens com xingamentos e ameaças. “Não vai ficar assim seu lixo”, “Vai diretamente para o inferno” e ‘Assassino maldito” são algumas dessas mensagens.