Neste ano, a modelo Gisele Bundchen postou nas redes sociais: “É uma vergonha! Estão leiloando a nossa Amazônia”. Ela se referia à extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados, Renca, com mais de 4 milhões de hectares, que Michel Temer liberou para mineração de empresas estrangeiras.
Antes de seu fim, o atual governo ainda pretende privatizar mais de 50 estatais com a justificativa de cobrir o rombo das contas públicas. O projeto de venda do Brasil vem sendo executado logo após o golpe que tirou a presidente Dilma Rousseff. Uma das primeiras ações de Temer foi a alteração da lei de exploração do Pré-Sal. Desde lá foram realizados quatro leilões entregando poços de petróleo para empresas estrangeiras.
Segundo Anacélie Azevedo, diretora do Sindipetro-PR, “tudo o que existia como projeto nacional agora mudou”. Para ela, “a venda do petróleo está na centralidade do golpe. ” E na fila de privatizações estão também as refinarias da Petrobras como a Repar (PR) e a Refap (RS). “Não se sabe ainda qual o modelo, mas querem fazer antes que este governo acabe” diz Anacélie. Para ela, se o candidato Jair Bolsonaro for eleito, haverá continuidade desse projeto de entrega das riquezas do Brasil aos estrangeiros, já que o partido dele é o mais fiel a Temer.
Bolsonaro apoia privatização
O candidato Jair Bolsonaro defende em seu programa de governo a privatização. Os efeitos são demissões e precarização das condições de trabalho. Os exemplos das estatais que passaram por esse processo demonstram isso. Não haverá mais concursos públicos.