Debate promovido pela Rede Amazônica é marcado por ataques entre candidatos ao governo

O debate realizado pela Rede Amazônica de Televisão na noite desta terça-feira (2), reuniu quatro dos CINCO candidatos ao governo do estado. David Hall (Avante), Marcus Alexandre (PT), Ulysses Araújo (PSL) e Gladson Cameli (Progressistas) marcaram presença. Janaína Furtado (Rede) não compareceu. O encontro foi mediado pelo jornalista Júlio Mosquéra, da Rede Globo.

No primeiro bloco, com os candidatos tendo direito a fazer perguntas de tema livre, Marcus Alexandre começou provocando Gladson. O petista questionou o oponente por ter ajudado no processo de privatização da Eletrobras. Em resposta, Cameli disse não ter votado a favor da venda da empresa, e acrescentou que como senador da República pôde ajudar os 22 municípios do estado.

Candidatos ao governo preferiram os ataques à exposição de propostas/Foto: ContilNet

O Coronel Ulysses, por sua vez, citou o processo a que o ex-prefeito responde, relativo ao período em que foi diretor do Deracre. Marcus Alexandre é acusado de participar do esquema eu desviou mais de R$ 700 milhões dos cofres públicos. Segundo afirmou, porém, o processo teria sido arquivado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Na réplica, Ulysses desmentiu o ex-prefeito. “Não é verdade, o STF não arquivou o processo, e em breve haverá desdobramentos”, assegurou.

Em sua tréplica, o petista reiterou sua inocência. Quanto aos processos judiciais de que foi alvo, afirmou: “Só responde a processos quem trabalha”.

Vice na berlinda

No segundo bloco houve novo embate entre os dois primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto. Cameli questionou Marcus sobre a escolha do seu vice, Emylson Farias, que ocupou o cargo se secretário de Segurança Pública durante o período mais sangrento da história do Acre. O petista respondeu que tem “orgulho” do companheiro de chapa.

O contra-ataque veio em forma de acusação contra os apoiadores de Cameli, que segundo Marcus Alexandre são os responsáveis pelo atraso no pagamento dos servidores públicos antes de o PT chegar ao poder. “Não posso responder pelos meus apoiadores. Mas não escondo meus aliados, os partidos da minha coligação e nem o meu vice”, retrucou o senador.

Quando entrou em pauta o tema da violência, Ulysses e Hall criticaram os altos índices de criminalidade no estado. Sobre o vice de Marcus Alexandre, o coronel do Bope disse que desde que Emylson Farias assumiu a Secretaria de Segurança Pública, jovens entre 15 e 30 anos passaram a morrer aos montes. “O Emylson é o mensageiro da morte”, afirmou.

Apenas no quarto bloco do confronto, destinado a temas sorteados pela produção da emissora, os candidatos falaram sobre questões relativas ao desenvolvimento socioeconômico do Acre.

O último bloco foi reservado às considerações finais dos candidatos.

PUBLICIDADE