O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Daniel Zen (PT), usou o pequeno expediente na tribuna para advertir o futuro governador eleito, Gladson Cameli (PP), que o aporte financeiro de R$ 1,3 bilhão que o atual governador Tião Viana(PT) diz estar deixando em caixa é proveniente de “recursos carimbados” de convênios e empréstimos alocados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a da Caixa Econômica Federal – CEF. Tais recursos são destinados para obras de infraestrutura e a futura administração não poderá utilizar um centavo sequer do montante para outros fins.
O petista advertiu ainda, que se faz necessário atenção do próximo governador para não deixar faltar, por exemplo: a merenda nas escolas, equipamentos e material didático e ainda manter o funcionamento da máquina pública e dos estabelecimentos de ensino, inclusive com contratação de professores provisórios.
Em outras palavras, Gladson Cameli não poderá, em qualquer hipótese, usar o dinheiro para suprir e manter a saúde financeira do estado do Acre.
Perguntado então pela reportagem do ContilNet, quanto, de fato, em dinheiro a ser movimentado o próximo governo poderá contar para a realização da gestão estadual, tendo em vista que, mesmo para utilização dos recursos já aportados, é preciso arcar com uma contra partida entre 10% e 20% do estado para liberação do montante. Daniel Zen desconversou, mas admitiu que não tem ideia dos valores disponíveis para a próxima gestão.
“Ainda não temos esses números, mas o próximo governo poderá contar com dinheiro de liberação de emendas, com os recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPM) e claro, vamos esperar a votação do orçamento de 2019, que deve ser votado na Assembleia até o dia 17 de dezembro”, disse o líder de Tião Viana (PT).