A cinco dias do segundo turno, a eleição para o governo do estado de São Paulo foi movimentada ontem pela divulgação de um vídeo íntimo de um homem supostamente com as feições do candidato João Doria (PSDB) participando de cenas de sexo. O tucano classificou o vídeo como “fake news” e afirmou que pediu a perícia das imagens e que processará os responsáveis. Os seus advogados entrarão com representação nesta quarta-feira (24).
Doria se pronunciou em gravação publicada nas redes sociais, em que aparece ao lado da mulher, Bia Doria, e inicia a sua fala dizendo que é casado há 26 anos e tem três filhos. O tucano disse que o vídeo é “vergonhoso” e “grotesco” e que foi produzido por pessoas que querem o seu mal e o de sua família.
“Lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a nesse nível, de ferir a nossa família, de ferir um conceito que eu sempre preservei. Refuto isto com toda a minha energia. Peço desculpas a você pelo nível desta campanha em São Paulo. Não imaginei que, pelo fato de estarmos liderando a campanha, o vale-tudo começasse”, disse Doria, sem citar o adversário, Márcio França (PSB).
Em nota, a equipe de França negou envolvimento na divulgação do vídeo e disse que o candidato repudia “esse tipo de campanha, as ‘fake news’, as montagens e as falsificações e, acima de tudo, qualquer tipo de ataque pessoal a quem quer que seja”.
Suposto vídeo de sexo
As imagens, que começaram a circular no início da tarde e viralizaram pelo WhatsApp e Twitter, mostram um homem deitado na cama de um quarto em cenas de sexo com mais cinco mulheres. Um dos vídeos, de 20 segundos, mostra que a gravação foi feita em 10 de outubro deste ano, às 21h45. Um segundo vídeo, com 35 segundos, mostra outra sequência da mesma cena de sexo, mas foi editado e ganhou o acréscimo do áudio de um discurso de Doria sobre valorizar a família.