13 de abril de 2024

Mães de crianças especiais se unem em projeto de inclusão no mundo fashion; confira

Um grupo de mães se reuniu em prol da inclusão no mundo fashion e criou o “De porta em porta”. O projeto foi criado pela valorização da diversidade, pela representatividade e inclusão social de pessoas com deficiência.

“Eu vi um concurso infantil em Rio Branco para miss e mister e procurei a organização do evento para saber como inscrever a Isabella, minha filha, para o próximo ano, e a resposta que eu obtive foi que deficiente físico não pode participar, pelo fato de não vender”, conta Alderlene Oliveira.

A situação indignou Alderlene Oliveira, mãe de Isabella Oliveira, de 7 anos, diagnosticada com paralisia cerebral há dois anos, mas desde pouco mais de um ano de vida já era acompanhada e inicialmente sdiagnosticada com miopatia congênita e epilepsia.

Isabella Oliveira, 7 anos/Foto: arquivo pessoal

Depois das inúmeras portas fechadas quando tentou inserir a filha no mundo da moda, Alderlene disse ter tido outra ideia quando procurou a fotógrafa Renatta Oliveira.”Pensamos, por que não criar um grupo de mães com filhos deficientes para que eles fizessem essa divulgação das marcas e das lojas?”.

“A Alderlene me procurou quando uma vez eu postei no meu Instagram que eu seria blogueira pobre, porque todo mundo só postava roupa de rico e eu iria postar com roupas de lojas populares. Ela me mandou mensagem, conversamos e decidimos fazer o primeiro ensaio”, conta a fotógrafa.

/Foto: arquivo pessoal

Para engradecer o projeto, elas procuraram outras três mães com filhos que apresentassem alguma patologia, se reuniram e conseguiram patrocínio com três lojas de roupas, mais um fotógrafo e um salão de beleza. “Na época fiquei muito triste, chorei, fiquei indignada. Não é porque ela tem uma deficiência que ela não possa participar. Depois mudei de planos e corri atrás”, conta Alderlene.

O primeiro ensaio foi realizado no sábado (29) na Universidade Federal do Acre (Ufac) com a Rentta Oliveira e Icaro Passos, fotografando, e as roupas das lojas que toparam participar do projeto, Milô Kids, Acre Fantasias e Mãe e Filha.

Modelos do ‘de porta em porta’/Foto: arquivo pessoal

Ranatta conta que quando soube da resposta negativa que a mãe da Isabella recebeu sentiu-se incapaz e colocou-se no lugar de mãe. “Se alguém me dissesse que meu filho não poderia participar de algo por ser magro ou por ser baixo, eu me sentiria extremamente ofendida, e foi assim que eu me senti quando ela me contou”.

“Nosso objetivo é que pessoas com deficiência, não só crianças, possam agregar ao grupo. Nossa intenção é a inclusão. Todo mês será realizado um ensaio, já combinamos com as lojas, os fotógrafos e as mães das crianças”, explica Alderlene.

De porta em porta

O projeto é aberto para todas as pessoas com algum tipo de patologia, independente da idade, e aberto à todas as lojas, empresas e pessoas que queiram apoiar e incentivar. Nas redes sociais do grupo é possível ver fotos do ensaio realizado e conhecer as crianças que participam. Instagram. Facebook.

 

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost