Opinião: “E se os livros fossem drogas?”

E se os livros fossem drogas? Há, sim, e se…

Hoje pela manhã, indo para o trabalho, tocava no rádio uma música do Chorão, ex vocalista da banda Charlie Brown Jr, ele morreu. Foi achado na cozinha, caído ao chão e sem vida. Os noticiários informaram que ele tinha problemas com à cocaína. Pudera mesmo ter problemas, pois é difícil que na cocaína encontre outra coisa, senão problemas.

Um jovem que não nasceu rico, mas que angariou uma verdadeira fortuna, e que perdeu a vida para as drogas. Por quê? Porque o dinheiro não traz respostas as questões sensíveis da existência. No máximo te concede um sofá mais confortável para pensar nos conflitos próprios da vida.

E se os livros fossem drogas? Me pergunto, de eu para comigo. Você, leitor, também se pergunta, agora, de si para consigo? Pois, pergunte-se. E se os livros fossem drogas?

O jovem sofre com a hipocrisia do mundo e com a incompreensão de seu papel no palco da vida, e encontra no ímpeto subversivo, que jaz em seu imo, liberdade nas descargas de adrenalina próprios da alteração de seu estado de consciência por meio dos psicotrópicos.

Somos influenciados a usar drogas o tempo todo. Seja nos filmes Hollywood que mostram o uso de drogas como uma atividade de recreação, ou até mesmo como uma forma de se opôr à cultura vigente. O tabaco foi introduzido na sociedade por intermédio dos meios de comunicação de massa. Desde sempre, nos filmes, o herói, após salvar o mundo, ascendia um cigarro, e o casal, após atingir o orgasmo, também, ascendiam um cigarro.

Os comerciais de cerveja, que incitam o jovem a beber apelando para os seus instintos mais primitivos, ostentam mulheres seminuas. Somos o tempo todo excitados ao consumo das drogas.

Se o jovem, ao questionar a sua própria existência, tivesse contato com a literatura, sairia extasiado e, com certeza, não buscaria respostas na alteração de seu estado de consciência.

O jovem usa drogas porque busca respostas, e eu penso: e se os livros fossem drogas… Há, sim, o cheiro de um livro novo…

Nelson Olivo Capeleti Junior, Advogado.

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