O clima dentro do PT é fantasmagórico depois do desastre do último dia 7. Poucos se cumprimentam e os que o fazem não passam de um seco bom dia. O desmantelamento do partido só não será maior que o esfacelamento da Frente Popular, aliança criada em 1990 pelo senador Mario Maia que jamais foi para uma eleição sem ao menos 13 partidos.
Muitos partidos se desligarão oficialmente, outros sairão como a gosma, pela brecha da tábua, discretamente. O PSB, da atual prefeita Socorro Neri e do derrotado deputado federal Cesar Messias, não deverá virar o ano sem antes anunciar sua “independência”. Tenho boas informações nesse sentido. PHS, PRP, PTN e PDT já são Gladson Cameli. Alguns desses partidos já até ajudaram o governador eleito de forma “branca” na campanha.
Quanto a nomes, a primeira grande novidade deverá ser a saída do deputado estadual Ney Amorim, massacrado na campanha quando disputou o Senado. Marcus Alexandre deverá ir embora do Acre, mas caso desista, no PT não deve ficar. Amigos próximos dele garantem que a derrota fragorosa lhe foi imposta graças a sigla.
A deputada Leila Galvão, também derrotada em seu reduto, o Alto Acre, dificilmente permanece. Tem notícias, também, de que a prefeita Fernanda Assem cairá fora, assim como o prefeito de Bujari, Romualdo Araújo, que não é do PT, mas do PCdoB, que virá para um partido da base do novo governo, além do prefeito Bené Damasceno, de Porto Acre, que também deverá vir para a base de Gladson, com ou sem seu PROS, de Fernando Melo, que também andava enojado do PT e agora muito mais depois da derrota para federal.