18 de abril de 2024

Sem Acre e MG, governos do PT ficarão restritos ao Nordeste, diz Folha de S.Paulo

saída de Fernando Pimentel (PT) do segundo turno da eleição ao governo de Minas Gerais tirou do PT o único governo que tinha no Sudeste. O partido também perdeu no Acre, onde governa há 20 anos: Gladson Cameli (PP) teve 53,7% dos votos e arrematou a disputa em primeiro turno.

Esta será a primeira vez que o Partido dos Trabalhadores não terá governadores fora do Nordeste, situação inédita desde 1994, quando o partido ganhou as primeiras eleições estaduais –naquele ano, levou Espírito Santo e Distrito Federal.

O partido conseguiu eleger em primeiro turno e com folga, neste ano, governadores na Bahia (Rui Costa, com 75% dos votos), Ceará (Camilo Santana, com 80%) e Piauí (Wellington Dias, com 56%).

Agora, vai disputar no segundo turno o governo do Rio Grande do Norte com a senadora Fatima Bezerra, que teve 46% dos votos válidos, contra 32% do pedetista Carlos Eduardo. O PT já não pode repetir o desempenho de 2014, quando levou cinco estados.

Nesta eleição, o Nordeste se consolidou como um enclave da centro-esquerda no país, com mais dois governadores do PSB, na Paraíba (João Azevêdo) e Pernambuco (Paulo Câmara), além de um governador do PC do B, no Maranhão (Flávio Dino) –partidos tradicionalmente alinhados ao PT.

O PSB também disputa o segundo turno em Sergipe –o candidato Valadares Filho, no entanto, teve metade dos votos do adversário Belivaldo (PSD).

O Centro-Oeste, tradicionalmente ruralista e conservador, garantiu metade de seus governos para o DEM, partido que levou os estados de Goiás, com Ronaldo Caiado, e Mato Grosso, com Mauro Mendes. O partido concorre ainda no segundo turno aos governos do Rio de Janeiro e Pará. No DF concorrerão ainda Ibaneis (MDB) e o atual governador, Rollemberg (PSB); em Mato Grosso do Sul disputarão o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e Juiz Odilon (PDT).

Só dois dos sete governadores da região Norte foram escolhidos em primeiro turno (Acre, com Gladson Cameli (PP), e Tocantins, com Mauro Carlesse (PHS), reeleito). As disputas mais acirradas serão no Amapá —Waldez (PDT) e Capi (PSB)— e Amazonas –Wilson Lima (PSC) e Amazonino Mendes (PDT). No Pará, Helder Barbalho (MDB) abriu grande vantagem de Marcio Miranda (DEM), foram 47,7% contra 30,2% dos votos. A expectativa, no entanto, era de que o emedebista fosse eleito em primeiro turno, o que não ocorreu.

O PSD levou o Paraná com Ratinho Junior e ficou em primeiro lugar em Santa Catarina com Gelson Merísio (31%), que disputará o segundo turno contra Comandante Moisés, do PSL, mesmo partido de Bolsonaro. No Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (MDB) tenta ser reeleito: ele terminou atrás de Eduardo Leite (PSDB).

O Sudeste está pulverizado: o PSDB disputa o segundo turno em SP (João Doria) e MG (Antonio Anastasia). O PSB, que já garantiu Renato Casagrande no Espírito Santo, pode levar também o governo paulista, com Márcio França. No Rio, Eduardo Paes (DEM) enfrentará Wilson Witzel (PSC).

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