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Tião Viana tenta enganar Gladson Cameli sobre saúde financeira do Acre?

Por SALOMÃO MATOS, DO CONTILNET

Governador Tião Viana/Foto: Reprodução

O governador eleito Gladson Cameli (PP) e sua equipe econômica devem ficar bem atentos ao efeito midiático que o atual governador Tião Viana (PT) vem fazendo transparecer na imprensa acreana, em relação a estar “deixando em caixa R$ 1,3 bilhões”. Quando entregar a faixa governamental no próximo dia 1° de janeiro de 2019 ao progressista, o atual governador pretende ter em foco o argumento de que a saúde financeira do estado está rigorosamente sanada e que o futuro gestor do governo poderá trabalhar tranquilo.

No entanto, os recursos federais que Tião Viana diz estar deixando para Gladson Cameli trabalhar, nada mais passam de “dinheiro carimbado”, e para ter disponível é preciso uma contra-partida do estado, algo em torno de 10% a 20% do montante aportado em projetos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Caixa Econômica Federal (CEF).

Gladson Cameli em reunião com Tião Viana para tratar da transição governamental/Foto: Ascom

Para se ter uma ideia do prejuízo e da dimensão da manobra propagandeada por Viana, um valor infinitamente menor de R$ 94 milhões em emendas para ramais, estão retidos desde 2017 pelo Governo Federal e ainda não foram liberados, simplesmente porque Tião Viana alega não ter dinheiro em caixa para dar a contra-partida do valor, algo em de 10% a 20% como é exigido nos projetos.

Na terça-feira (23), o deputado federal e futuro vice-governador, Major Rocha (PSDB), se reuniu com a bancada em Brasilia, na esperança de negociar o dinheiro dessas emendas para os ramais.

“Nossa bancada demonstra compromisso com o futuro do Acre e tem trabalhado muito para garantir que os recursos federais não sejam perdidos. Esse dinheiro de R$ 94 milhões para os ramais estão disponíveis desde 2017. O atual governo alega que os recursos não vieram para o Acre porque eles não tem os recursos da contra-partida. A reunião foi proveitosa e esperamos que o Ministério da Agricultura compreenda a nossa situação”, disse animado o futuro vice-governador, na esperança que o dinheiro seja finalmente liberado.

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