O delegado de Polícia Civil, Karlesso Nespoli e mais nove policiais estão sendo investigados pelo Ministério Público do Acre (MPAC) por torturar e estuprar um jovem dentro da Delegacia de Investigações Criminais (DIC), em Rio Branco, em setembro de 2016.
No último dia 3 de outubro, a denúncia foi encaminhada ao MP estadual, porém, corre em segredo de justiça. De acordo com a denúncia, o rapaz foi levado de dentro de sua residência sem que houvesse mandato judicial ou situação de flagrante e delito. Os policiais, em seguida, levaram o jovem em carros não oficiais.
Após a tortura, o jovem foi deixado no bairro São Francisco. Segundo relatório, houve lesões graves, além de violência sexual.
Policiais e delegado foram denunciados pleo MP/Foto: Reprodução Ilustrativa
No exame de corpo de delito, foi constatado que o jovem foi violentado por uma barra de ferro, a qual introduziram no ânus do rapaz. Os policiais, na ação, queriam que a vítima desbloqueasse um celular, para assim, obterem informações.
O MP diz que houve omissão por parte do delegado, porém, ele tinha conhecimento do caso. Em depoimento, a vítima alegou que o delegado agiu diretamente, coordenando as ações.
O MP pede, no processo, a prisão de quatro anos e que os denunciados sejam citados à acusação para responderem por escrito e designação de audiência de instrução e julgamento. Além disso, deve ser fixado um valor para reparação dos danos causados pelos crimes contra a vítima de tortura.
O delegado envolvido não se pronunciou sobre o caso. Já o secretário de Polícia Civil, Carlos Portela, diz que só irá se manifestar após o término das investigações.