Com atenções voltadas às eleições, desmatamento na Amazônia aumentou

Dados do Deter B, projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que monitora o desmatamento em tempo quase real para subsidiar a fiscalização ambiental, mostram que o desmatamento na Região Amazônica cresceu 48,8% de agosto a outubro de 2018, os meses da campanha eleitoral, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo o Inpe, a floresta perdeu 1.674 km² nesses três meses, área um pouco maior do que a do município de São Paulo. O principal aumento no desmatamento ilegal ocorreu na divisa entre os Estados do Acre e Amazonas, em região de influência da BR-364. Nesses Estados, os saltos foram de 273% e 114%, respectivamente. A expansão das atividades pecuaristas é a principal culpada.

Como mostra o jornalista Fabiano Maisonnave, da Folha de S. Paulo, o desmate nos municípios da Amazônia pró-Bolsonaro foi duas vezes e meia maior que o número equivalente nos municípios que votaram mais em Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

As áreas mais desmatadas, segundo o SAD, são propriedades privadas ou áreas em diversos estágios de posse (58%). Em seguida, aparecem assentamentos de reforma agrária (24%) e unidades de conservação (14%). O desmatamento em terras indígenas (TI) representa apenas 4% do total. Praticamente metade foi detectada na TI Apyterewa, no Estado do Pará, onde o Governo Federal não cumpriu uma decisão de 2015 do STF, determinando a retirada de invasores não indígenas.

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