ContilNet Notícias

Enquanto líderes locais disputam atenção de Bolsonaro, Alan Rick esbanja prestígio com presidente eleito

Por ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET

Homem de confiança

Enquanto os grupos do governador eleito para o governo do Acre, Gladson Cameli (Progressistas) e do Coronel Ulysses Araújo (PSL) armaram um cabo de guerra para provar quem afinal tem maior influência junto ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal reeleito Alan Rick (DEM) dá reiteradas mostras de que compõem a cúpula do futuro governo na Câmara Federal.

Ao pé do ouvido

Alan esteve recentemente entre os integrantes do seleto grupo de pessoas bem-vindas no entorno de Bolsonaro, com ele chegando, inclusive, a trocar ideias sobre a necessidade de o governo federal dedicar maior atenção às políticas de desenvolvimento do Acre, dando apoio, também, às iniciativas de combate ao crime organizado.

Diferencial

Não obstante a pequenez territorial, uma economia insipiente e um coeficiente eleitoral diminuto, o Acre deu a Bolsonaro a maior votação destas eleições em termos proporcionais. E isso o presidente eleito parece levar em consideração.

Canal aberto

Dias atrás, conforme dissemos, Alan teve a oportunidade de falar em pessoa com o presidente eleito sobre as dificuldades do Acre, sobretudo em setores como saúde e segurança pública. Bolsonaro prometeu dar atenção e viabilizar meios para solucionar as demandas apresentadas pelo parlamentar.

Distinção

A propósito, despojado como é, quando Bolsonaro foi à Câmara dos Deputados, declarou que não adianta puxa-saquismo. Isso por que, segundo ele, conhece bem as raposas do Congresso Nacional, sabendo bem “quem presta” e “quem não presta” por lá.

Ao que parece…

A proximidade de Alan Rick com o grupo que cerca Jair Bolsonaro, bem como seu trânsito livre até o presidente eleito, sugere que ele compõe, na avaliação do futuro presidente, o grupo minoritário dos parlamentares com cargo eletivo na Capital Federal que fazem parte do grupo minoritário dos políticos honrados.

Eles falam a mesma língua

Mas essa proximidade não é fruto do acaso. A relação entre o parlamentar e o presidente eleito se estreitou e acabou por se fortalecer depois que o deputado federal acreano passou a defender bandeiras como a preservação da família, a repulsa à tentativa de doutrinar crianças em idade escolar com o ideário da esquerda – que prevê a liberação sexual precoce, o aborto indiscriminado, doutrinação de gênero nas salas de aula e até mesmo o casamento com menores de 13 anos.

Meia-verdade

O senador Jorge Viana (PT), derrotado nas eleições de outubro para a reeleição, escolheu como bode expiatório a presidente do PT, senadora Gleisi Hofmann (PR). Trata-se de uma meia-verdade.

Erros de cálculo

Jorge perdeu para a empáfia ao acreditar-se reeleito para o cargo, errou feio ao insistir na candidatura de Marcus Alexandre ao governo estadual, e imaginou-se capaz de minorar o desastre político cometido pelo irmão à frente da administração pública estadual.

O povo não perdoa

A campanha ‘Lula livre’ puxada timidamente pelo senador derrotado foi apenas um fator a mais no desgaste que ele acumula – inclusive como beneficiário de uma pensão de R$ 33 mil como ex-governador.

Lesa-pátria

O fato de ter votado contra a redução da maioridade penal e da reforma do Código Penal Brasileiro também pesou na conta daquele que tentou, às pressas, doar R$ 100 bilhões do patrimônio público às empresas de telefonia do país.

Bola murcha

A defesa da presidente Dilma Rousseff, responsável pela crise que nos levou ao fundo do poço, e pelo recuo de duas posições no ranking dos países mais ricos do mundo – de 6º para 8º colocado – também contribuiu para o desgaste político do parlamentar petista.

Peça desculpas, excelência!

Houvesse um pingo de bom senso por parte do senador petista, ele pediria desculpas à população acreana por ter desenterrado essa excrecência chamada aposentadoria integral para ex-governadores – que ele, Binho Marques e Flaviano Melo já recebem, e em breve será concedida também a Tião Viana.

Vai que é tua, Cameli!

Resta a esperança de que Gladson estanque a sangria – avaliada em R$ 5 milhões/ano. E ele pode fazer isso com uma só canetada. Duvido que o colegiado do Tribunal de Justiça tenha a desfaçatez de fazer como os desembargadores de Mato Grosso do Sul, que mantiveram o benefício até decisão definitiva dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Melhor amigo do homem – e da mulher

A prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino (PSD), acompanhada dos procuradores jurídicos do município e da secretária municipal de Saúde, participou nesta semana de uma reunião na sede da Promotoria do Ministério Público para tratar de assuntos relativos à ‘Associação Cão Amigo’.

Solução a curto prazo

A prefeita Marilete demonstra interesse em buscar uma solução a curto prazo, enquanto não se constrói um espaço adequado para a implantação do Centro de Zoonoses da cidade, segundo reportou a vereadora Janaína Furtado (Rede).

Ação política

Mas a razão parece ser outra. No processo em que ela foi alvo na prefeitura, e que quase lhe custou a cassação do mandato, uma das acuações feitas pelo denunciante dizia respeito a supostos maus-tratados aos animais no canil do município.

 

Sair da versão mobile