O governador eleito Gladson Cameli (PP), acompanhado de parte de sua equipe e técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), apresenta nesta quinta-feira (22), um diagnóstico da real situação fiscal do Estado do Acre.
A apresentação será na sala da presidência do TCE, quando será feita uma exposição detalhada principalmente dos empréstimos contraídos pelos governos petistas nos últimos 20 anos.
Na avaliação da equipe de transição e com base no relatório da Corte de Contas, o Estado está endividado até o pescoço, restando pouca margem de manobra para o futuro governador trabalhar.
“O objetivo do relatório é usar de toda transparência para que a população saiba em que condição Gladson Cameli estará assumindo a gestão”, disse um dos membros da transição.
Com o objetivo de não tornar o Acre insolvente, o futuro governador determinou a redução drástica do número de secretarias, de 23 para apenas 12, bem como o corte de cargos em comissão que antes eram ocupados por militantes políticos.
Uma das principais preocupações identificadas no documento é a transferência mensal de cerca e R$ 40 milhões para o pagamento dos aposentados e pensionistas.
Com a falência do Fundo Previdenciário, o Estado tem que desembolsar esse valor dos cofres, comprometendo seriamente os investimentos e as despesas correntes, inclusive o repasse constitucional aos Poderes e áreas como saúde e educação.
Para as medidas que serão adotadas na contenção drástica de despesas na busca do equilíbrio nas contas públicas, o futuro governo contará com apoio de sua base de sustentação no Poder Legislativo Estadual.
“A população espera um governo austero e comprometido com as mudanças”, salientou um técnico do TCE.