Em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, será realizado em Rio Branco a roda Samba da Raça, às 19h, na Rua da África, próximo ao Mercado Velho. O evento está sendo realizada por um grupo de amigos, liderados pelo músico e psicólogo acreano Anderson Liguth.
“Queremos mostrar para o público acreano, que o samba é uma arte que vem desta matriz africana. É uma forma de quebrarmos o preconceito que ainda resta à cultura negra no país”, afirma Liguth. O evento é totalmente gratuito e trará sambas que contam um pouco da história do Brasil e da sua raiz de matriz africana.
O samba tem papel importante no processo da formação da cultura negra no Brasil. Segundo o músico e ogan (líder candomblecista) Denilson Carneiro, esse ritmo “nasce com a chegada dos bantos (negros de Angola, Moçambique, Congo e Nova Guiné), que trouxeram o culto da divindade Kissimbi (Samba Inkice), de onde se origina o samba”.
Carneiro afirma ainda que o samba era proibido, o escravo não podia ter identidade. Só sobreviveu até hoje porque “o africano não esquecia sua cultura e o recriou do jeito que podia nesse novo país”. Como Zumbi, essa música divina se tornou, hoje, símbolo de um país.
O quê? Samba da Raça
Onde? Na Rua da África, próximo a Passarela Joaquim Macedo, no Mercado Velho
Como? Em espaço público, gratuito
Quem? Anderson Liguth e Convidados
Quando? Dia 20 de novembro, terça-feira, 19h.