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No Maranhão, idosa de 106 anos foi morta a pauladas por ter reconhecido o assassino

Por GLOBO.COM

Novas informações sobre o assassinato a pauladas de Antônia Conceição da Silva, de 106 anos, em Feira Nova do Maranhão, levam a Polícia Civil a acreditar que o assassino provavelmente foi reconhecido pela vítima antes do crime.

De acordo com o delegado regional da cidade de Balsas, Fagno Vieira, o autor do crime revirou toda a casa em busca de objetos de valor. A suspeita inicial era que ele havia levado uma bolsa com cerca de 30 reais dentro. Mas a bolsa foi encontrada nesta segunda (19), confirmando que nada de valor foi levado da casa.

Antônia Conceição da Silva, de 106 anos, foi morta a pauladas dentro da sua residência em Feira Nova do Maranhão — Foto: Divulgação

Agora a Polícia Civil suspeita que a idosa tenha acordado e reconhecido o assaltante. Por isso ele a teria agredido. Na casa, a polícia também encontrou nesta segunda (19) um bastão de madeira com marcas de sangue, que pode ter sido usado para agredir a idosa.

“Essa pessoa provavelmente conhecia a rotina daquela família, sabia que a senhora se encontrava sozinha naquele momento, entrou saltando o muro, quebrou as telhas da cozinha e teve acesso ao interior da residência. Ali, revirou a residência toda a procura de algum objeto de valor, mas a gente acredita que nesse instante a vítima acordou, provavelmente o reconheceu e, por essa razão, ele a matou”, contou o delegado Fagner.

Bastão encontrado pela polícia e que pode ter sido usado no assassinato da idosa de 106 anos em Feira Nova do Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante

Nesta segunda-feira (19), uma faixa foi colocada na frente da casa para representar o sentimento da população da cidade de Feira Nova do Maranhão, que possui cerca de 8 mil habitantes.

“A cidade está toda assustada, abalada, e a população espera uma resposta rápida da justiça”, afirmou o vigilante José Rocha.

A idosa foi encontrada na madrugada de sábado (17) pelo neto Francisco de Assis, que morava com ela e tinha saído para uma festa na noite do crime.

“Abri o portão e me deparei com a minha vó caída, toda ensanguentada. Peguei ela, tentei reagir, fui para a sala e chamei minhas irmãs, minha mãe e meus vizinhos perto”, relatou Francisco, que trabalha como lavrador.

Já Maria Aparecida, uma das filhas de Antônia, disse que entre a família há muita saudade e revolta. Ela pede que o caso seja solucionado.

“A morte natural a pessoa se conforma, mas não esquece. Mas daquele jeito que eu vi minha mãezinha, não tem conforto. E eu peço justiça”.

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