O governo Jair Bolsonaro (PSL) ainda não começou, mas o presidente eleito e seu futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, já se movimentam para uma reforma no sistema de aposentadorias dos trabalhadores brasileiros. Esse tipo de discussão causa apreensão nos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), especialmente entre os que estão em vias de completar as condições mínimas para o pedido de benefício.
Enquanto essa tentativa de reforma da Previdência não avança e ganha contornos mais sólidos, o segurado que já estava de olho na aposentadoria pode antecipar e deixar seu cadastro no INSS, o Cnis, em dia.
Períodos de contribuição com falhas, trabalho sem carteira e laudos de tempo especial incompletos são exemplos do que pode atrasar, reduzir ou até mesmo impedir a concessão da aposentadoria.
O melhor, então, é começar a resolver essas pendências. Quem completar as condições para a aposentadoria até um dia antes da publicação das novas regras não será enquadrado nas mudanças, a menos que elas sejam mais vantajosas ao segurado.
Hoje, a aposentadoria por idade é concedida para homens a partir dos 65 anos e para mulheres, dos 60, se comprovarem 15 anos de contribuição. Esse benefício é o mais concedido pelo INSS e, no mês de setembro, 10,7 milhões de pessoas o receberam. No benefício por tempo de contribuição, a exigência é de 30 anos, para mulheres, e 35, para homens. As regras desses dois benefícios estão na mira do novo governo, além das aposentadorias especiais e de servidores públicos.