Um programa social de inclusão de presos na sociedade no Estado do Acre por meio de mão-de-obra aplicada na limpeza de espaços públicos e que garante ao detento até um dia de redução de suas penas para cada três dias trabalhados, pode estar com seus dias contados. O motivo seria o corte de gastos que vem sendo feito pelo governador Tião Viana, no sistema penitenciário no Estado.
O coordenador do projeto Luiz Paulo Costa, que também é agente penitenciário, diz que o programa de inclusão social dos presos já tem oito meses em pleno funcionamento, mas que com a contenção de despesas, agora no fim do governo de Tião Viana, teme que o projeto possa acabar, mas adianta ter esperança que, com o próximo governador Gladson Cameli, o qual assume a direção do Estado no dia 1º de janeiro de 2019, os detentos possam trabalhar, reduzindo as suas sentenças e garantindo o seu possível futuro sustento.
“A gente tem visto na imprensa que o governador eleito Gladson Cameli vai colocar os presos para trabalhar. Isso é muito bom. Esse projeto de limpeza dos parques e praças já vem dando certo há algum tempo e esperamos que isso seja ampliado no próximo governo”, diz animado o agente penitenciário.
Na manhã desta quarta-feira (07), pelo menos 30 detentos realizavam serviços de roça, capina e poda de árvores no Parque do Tucumã, em Rio Branco.
Segundo Paulo, que acompanha pessoalmente o trabalhos dos presidiários, antes de serem beneficiados pelo projeto, cada preso passa por um processo de triagem, mediante a evolução dos seus comportamentos dentro da cadeia.
“Como vocês podem ver, eu mesmo estou aqui absolutamente desarmado, fazendo apenas o acompanhamento deles. A sociedade ganha, eles ganham pagando as suas penas e, acima de tudo, estão tendo uma nova oportunidade de vida”, diz Paulo.