ContilNet Notícias

Receita vê suspeita de corrupção em festa de R$ 600 mil a filha de Delcídio

Por G1

A Receita Federal informou à Procuradoria- Geral da República (PGR) suspeitas em relação ao senador cassado Delcídio do Amaral e ações que, de acordo com o órgão, apontam crimes e “afronta” ao acordo de delação premiada.

Entre as suspeitas está o pagamento de uma festa de 15 anos para a filha que teria custado R$ 600 mil, sem comprovação da origem dos recursos, de acordo com a Receita.

O senador cassado fechou acordo de delação em 2016, após ter sido preso pela suspeita de tentar atrapalhar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Delcídio atualmente está em casa e cumpre prestação de serviços à comunidade – o que precisa fazer por seis meses, conforme prevê o acordo de delação.

Veja o que disse Delcídio na delação

A TV Globo procurou a defesa de Delcidio do Amaral e aguardava uma resposta até a última atualização desta reportagem.

A Receita instaurou uma representação fiscal para fins penais em maio deste ano, que ainda está em andamento. Em informações à PGR, o órgão afirmou que se trata de rotina para o caso de contribuintes envolvidos em denúncias da Operação Lava Jato.

O senador cassado Delcídio do Amaral/Foto: Reprodução

A PGR apura desde junho se houve omissão na delação de Delcídio, em razão de informações contraditórias em depoimentos. Mas, até o momento, ainda não informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) qual procedimento vai adotar.

A Receita identificou sobre Delcídio sete episódios que podem configurar crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, fraude processual e falsidade ideológica. São eles:

Festa de 15 anos

De acordo a Receita Federal, há suspeitas de “pagamento de despesas pessoais do núcleo familiar do senhor Delcídio do Amaral Gomes”, sendo “inconsistente” a resposta dada por ele. Não há detalhes de quando a festa foi realizada, mas a investigação começou no ano passado.

“Junto às empresas contratadas para a organização do evento (festa de 15 anos) foram obtidas provas da efetiva quitação de tais despesas, da ordem de R$ 600 mil, sem que os valores tenham transitado nas contas bancárias de nenhum dos membros do núcleo familiar ou que tenham sido comprovadas fontes de disponibilidades em espécie”, afirmou a Receita.

O documento apontou ainda que Delcídio agiu para “enganar e dissuadir” os órgãos de fiscalização.

“Não cabe falar em cooperação no âmbito da investigação tributária; pelo contrário, várias das condutas ora representadas contêm fartas evidencias de que o senhor Delcídio do Amaral Gomez ativamente agiu no sentido de enganar e dissuadir a fiscalização.”

Sair da versão mobile