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Servidores da Assembleia Legislativa acham que ganham pouco e exigem reajuste salarial

Por ARCHIBALDO ANTUNES, CONTILNET

Sonho de consumo

Os proventos dos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário sempre foram o sonho de consumo da maioria dos trabalhadores brasileiros, sobretudo daqueles que integram a base da pirâmide social.

Bonança

Para a regra nacional não há exceções regionais. Do mais rico estado brasileiro ao mais pobre – entre os quais o Acre –, os proventos nas assembleias legislativas sempre foram altos, em comparação com a média salarial do grosso dos trabalhadores.

Injusto

A despeito da defasagem de que se dizem vítimas, os proventos da turma do quadro efeitivo da Aleac ainda é dos mais altos do estado. E reivindicar aumentos numa época de crise econômica é de um contrassenso sem igual num contexto em que os brasileiros mais pobres amargam o achatamento dos salários, o desemprego e o poder de compra corroído pela inflação.

Vida mansa

Sem falar que a jornada diária dos servidores da Aleac é de seis horas por dia – de 7h às 13h. A maioria dos trabalhadores do país trabalham no mínimo 8 horas por dia. Dados de 2016 revelaram que mais da metade da população brasileira vivia com menos de um salário mínimo por mês – atualmente em R$ 957,80.

Pra ilustrar

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), a média salarial no país foi de R$ 754 em 2017. No lado oposto, está 1% dos trabalhadores mais bem pagos, que receberam em média R$ 27,2 mil mensais.

Mal-humorados

Nada contra quem embolsa 14 mil, 15, 17, 22 ou até R$ 30 mil por mês. O problema é que esses recursos saem do erário público, que se constitui, sobretudo, da contribuição compulsória dos mais pobres. E o mais grave é que o cidadão, em necessitando de um atendimento na Aleac, se depara com uma ruma de servidores a folhear revistas, navegar nas redes sociais ou em visitas a sites alheios às funções que desempenham. E quando isso acontece, e o lazer dos nababos ociosos é interrompido, o visitante é, em geral, recebido com uma carranca.

Pelo contrário

Sou completamente contra o pleito dos servidores da Assembleia Legislativa, não obstante ter me deparado com pessoas que não estão time dos marajás. E vou além: defendo que a folha de pagamento deva ser desonerada, o que é fácil: basta cortar a mamata de alguns ex-deputados que recebem R$ 15 mil.

Frase épica

“Nunca foi tão fácil ser ladrão nesse (sic) país. Você rouba, aí depois você faz a delação e fica com um terço do roubo ou dois terços do roubo”, afirmou Lula (que não fez delação premiada) em depoimento à substituta do juiz Sérgio Moro, a juíza federal Gabriela Hardtre.

Sabe de nada, inocente

A alma mais honesta deste país quis dar uma de sonso. “Eu sou dono do sítio ou não?”, protestou. E a juíza retrucou: “Isso é o senhor que tem que responder e não eu. Eu não estou sendo interrogada nesse momento.”

Desce daí, companheiro!

O eterno palanqueiro petista ainda tentou transformar a audiência em comício político. Foi impedido.

De blog novo

Este colunista venceu a preguiça e arriscou o primeiro texto no novo blog, batizado de “A Arte de Insultar”. Peço a gentileza do leitor que me honre com a visita no endereço https://doacre.blogspot.com/. Grato pela deferência.

 

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