17 de abril de 2024

Notícia sobre o 13º dos servidores pode ter um desfecho trágico para 20 anos de muita gabolice

Aflição

A incerteza sobre o pagamento do 13º salário de 23 mil servidores públicos estaduais tem tirado o sono de uma horda de desesperados, incluídos aí os familiares, muitos dos quais veem num Réveillon de fartura a chance de remir a penúria natalina.

Quem poderia imaginar?

Tempos difíceis, esses, em que o governador do PT precisa dar uma boa notícia (o pagamento do salário do mês de dezembro) e se vê obrigado a deixar uma excruciante angústia pairando no ar.

À espera de um milagre

A poucos dias de desocupar a cadeira na qual esteve sentando por longos oito anos, Tião Viana, ao que parece, necessita de uma mãozinha da sorte. Disso dependerá sua biografia política, já bastante machada pelo repúdio de grande parte da população que a ele confiou as chaves dos cofres públicos por exatos 2.920 dias – a serem concluídos no próximo 31 de dezembro.

Na iminência de um desastre

E o destino, esse sacana, pode fazer com que o discurso relativo ao rigor moral (e fiscal) dos governos petistas, que em 20 anos de poder não atrasaram um só mês de salário, se transforme, depois de duas décadas de muita ladainha, num calote retumbante.

Fundo do poço

Com a crise a bater em nossas portas em meados de 2014, é de intrigar a qualquer um, por menos sensato que seja, o fato de o governador petista não ter enxergado que sua imprudência nos levaria ao fundo do poço.

Fábula fabulosa

E por ter citado, na coluna de ontem, o escritor La Fontaine, hoje recorro à fábula sobre a cigarra gandaieira e as formigas laboriosas, a fim de desmentir a máxima segundo a qual “a vida imita a arte”. Neste Acre de antas altivas e jumentos louvaminheiros, a cigarra, em pleno inverno, levará a vida a cantarolar sua bem-aventurança depois de ter arruinado o formigueiro.

Jactância

O porta-voz do governo vociferou ontem nas redes sociais contra os detratores de Tião Viana, ao tempo em que a todos ameaçava com ações judiciais – que segundo nos faz concluir sua postagem no Facebook, vem a ser outra fonte de renda do governante petista.

Gafe

Ao se jactar, lá do andar de cima, que as indenizações pagas ao correligionário em decorrência das vitórias obtidas nos tribunais, em processos por danos morais, já lhe renderam tanto dinheiro quanto o que ele ainda poderá receber no futuro, o porta-voz se mostrou indiferente à aflição dos que não viram, cá no andar de baixo, a cor do seu 13º salário.

É o que desejo

Mas não pensem que torço pelo pior – até porque, como diria o deputado Tiririca, “pior do que tá não fica”. Rezo pra que o Sr. Tião Viana consiga pagar os 23 mil pais e mães de família que amargaram um Natal de desesperança, a eles devolvendo o que lhes foi tirado em forma de impostos escorchantes – e quase sempre desperdiçados em benesses, obras onerosas e projetos destrambelhados. Que Deus tenha piedade dos acreanos!

Minoria inconformada

Leitor foi ontem à fanpage deste portal, no espaço reservado à coluna anterior, para me esculhambar. De quebra, defendeu o PT e suas grandes realizações. Por óbvio sua opinião é rejeitada pela maioria, do contrario o governador eleito teria sido Marcus Alexandre.

Calculadora

Fui checar os números relativos ao resultado geral das eleições para o governo e constatei que dos eleitores que compareceram às urnas em outubro, 273.005 disseram não ao continuísmo. Esse é o resultado dos que votaram no governador eleito Gladson Cameli (223.993), no Coronel Ulysses (45.032), em Janaína Furtado (2.765) e em David Hall (1.215). Pra resumir, 65,46% do eleitorado do Acre não concorda com o cabotino.

Fina estampa

Proferida pela juíza Gabriela Hardt – substituta de Sérgio Moro nos processos da Lava Jato –, a frase que amofinou a empáfia de Luís Inácio durante o interrogatório sobre o Sítio de Atibaia estampava ontem (26) a camiseta da futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”, disse a magistrada ao presidiário de Curitiba, e o alerta foi parar na blusa de dona Michelle.

Poderia morder

Nas redes sociais, houve quem dissesse que a provocação era descabida. “Não se chuta cachorro morto”, tratou de dizer alguém. Ocorre que esse cão raivoso não está tão morto assim, e por ter se acostumado a latir tão alto seria até capaz de morder, caso pudesse deixar o canil.

Olha a faca!

Sem qualquer intenção de fazer um trocadilho infame, reproduzo informação publicada ontem no jornal Estadão, segundo a qual o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) mandou, via Twitter, avisar que vai passar a faca nos recursos da Lei Rouanet.

Chega de gastança

“Em 2019 iniciaremos rígido controle de concessões. Há claro desperdício rotineiro de recursos, que podem ser aplicados em áreas essenciais”, tuitou ele, para desespero das celebridades que comem do bom e do melhor à nossa custa.

E agora, José?

Bolsonaro, no Twitter, citou Furnas, que num só dia deste mês, por decisão do seu gerente de Responsabilidade Sociocultural, autorizou, via Lei Rouanet, o repasse de R$ 7,3 milhões para 21 entidades que atuam no ramo cultural. Com a decisão de cortar a mamata dos artistas-companheiros, creio que alguns já estão cuspindo fogo. Não é verdade, Zé de Abreu?

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