20 de abril de 2024

Em uma única imagem, o registro da tragédia social decorrente de um governo catastrófico

Feliz ano velho

O senador Jorge Viana (PT), derrotado em sua tentativa de reeleição no pleito de outubro, promoveu, dias atrás, um evento de apresentação do balanço do mandato que se encerra no dia 31 de janeiro de 2019. A melancólica despedida serviu, claro, a mais uma exibição do orgulho exagerado que ele tem de si mesmo.

Méritos e ressalvas

Longe de querer depreciar a importância das funções que ele exerceu como relator do Código Florestal, do novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Lei da Biodiversidade, é preciso destacar que nem tudo é glória em sua passagem pelo Senado da República.

Contradições

A começar pelas contradições presentes em alguns dos seus posicionamentos políticos. Me refiro, por exemplo, ao seu autoproclamado esforço em favor da reforma do Código Penal Brasileiro (CPB). No embalo de um país sufocado pela criminalidade incontida, o senador do PT chegou a propor penas mais rigorosas para estupradores e homicidas – desde que estejam acima dos 18 anos.

O avesso do avesso

Enquanto pregava em desfavor da redução da maioridade penal, independente da gravidade dos crimes cometidos por impiedosos imberbes, Jorge tentava emplacar, nos idos de 2013 no Senado, o projeto de lei 122/2006 (já aprovado na Câmara), que visava criminalizar a homofobia.

Dura lex

Pela proposta, a manifestação de preconceito contra a homossexualidade seria punida com até cinco anos de cadeia, além da perda do cargo de servidor público, inabilitação para contratos com a administração pública e impossibilidade de acesso a crédito em bancos oficiais.

Como é que é?

Em suma, o petista, como de resto toda a esquerda, julga mais grave o preconceito contra os homossexuais do que o assassinato a sangue frio cometido por um ‘pobrezinho’ que ainda não chegou aos 18.

Fala sério!

Mas o pior e mais repugnante foi ler que o senador teria travado uma luta sem tréguas pela redução do preço dos combustíveis. A verdade, porém, é que pagamos a gasolina mais cara do Brasil porque o Sr. Jorge Viana, uma vez eleito governador do estado, aumentou o ICMS dos combustíveis para 25%, quando a média nacional gira em torno de 17%.

Dois pesos e duas medidas

De volta à versão segundo a qual o petista lutou pela reforma das leis penais, em 2012, durante uma entrevista à Rádio Senado, ele criticou a brandura das punições impostas aos criminosos. “O Brasil é o país das penas mínimas”, esbravejou, sem sequer imaginar que anos mais tarde, ao ver Lula atrás das grades, haveria de se tornar um ferrenho defensor da impunidade.

Registro

A coluna registra o recebimento de convite para a posse do secretariado do futuro governo Gladson Cameli (Progressistas). O evento será realizado às 9 horas do dia 2 de janeiro de 2019, no Palácio Rio Branco, na Praça Eurico Dutra.

Mobilização

O risco de calote por parte do governo petista, que só no dia 27 deverá anunciar a quitação ou não do 13º salário de 23 mil servidores estaduais, já faz com que algumas categorias profissionais, apreensivas, se mobilizem por meio de seus representantes sindicais.

É greve!

É o caso, por exemplo, do Sintesac (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado), que convoca uma assembleia geral a ser realizada na próxima quarta-feira (26), às 16 horas, no auditório do Huerb (Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco).

Imagem do caos

Na noite da última sexta (21), com a superlotação do Pronto Socorro e uma equipe reduzida para atender aos 70 pacientes, um deles chegou a cair da maca na qual aguardava atendimento. O registro fotográfico foi enviado à coluna pelo presidente do Sintesac, Adailton Cruz.

Desproporção

Horas antes, Adailton havia relatado à ContilNet que o setor de observação adulto do Huerb, composto de 22 leitos, não era suficiente para abrigar as 70 pessoas que necessitavam de socorro médico. A maioria precisou ocupar os corredores do hospital. Pra piorar, a equipe plantonista, formada por oito profissionais, contava com apenas cinco na ocasião.

Vale por mil palavras  

Junto com a imagem revoltante do paciente no chão, depois da queda, veio o desabafo do presidente do Sintesac, que dava plantão naquela noite. “Ele é cardiopata e caiu por falta de profissional para assisti-lo”.

Descaso

Segundo Adailton, nesse cenário de enormes demandas e muitas carências, os servidores da Saúde estadual são ainda obrigados a trabalhar dobrado e sob a incerteza quanto ao recebimento do 13º e dos plantões emergenciais.

Em breve, o adeus

Resta-nos o alívio de saber que falta apenas uma semana para darmos adeus ao Sr. Tião Viana.

Migração partidária

Conforme antecipado pela coluna, o site O Antagonista confirmou, no sábado, que o MDB poderá receber dois senadores após a posse dos eleitos no pleito de outubro. A bancada do partido então saltará de 12 para 14 parlamentares. Elmano Férrer (Podemos-PI) e Eduardo Gomes (SD-TO) são os nomes que pretendem migrar para o MDB.

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