O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu na quinta-feira (13) à Suprema Corte que bloqueie a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país até uma solução para a batalha legal em curso sobre o tema.
A administração do presidente Donald Trump afirmou em julho de 2017 que não permitiria o alistamento de pessoas transgênero, após ouvir generais e especialistas na área militar. Segundo ele, haveria um “risco muito grande para a efetividade militar e a letalidade”.
“Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares”, escreveu no Twitter em 2017.
Tribunais norte-americanos questionaram a posição repetidas vezes – e a oposição à medida conseguiu algumas vitórias na Justiça. O governo Trump, porém, insistiu nesta quinta-feira em garantir o cumprimento da medida em caráter emergencial.
Segundo a Casa Branca, a permissão “permaneceria em vigor durante pelo menos um ano a mais e provavelmente até 2020, um período muito longo para que os militares se vejam obrigados a manter uma política que, segundo seu critério profissional, é contrária aos interesses da nação”.
Obama e Trump
A posição da Casa Branca é radicalmente distinta da postura adotada pelo governo do ex-presidente Barack Obama, antecessor de Trump.
De acordo com uma medida adotada durante a administração Obama, a partir de 1º de julho de 2017 as Forças Armadas deveriam começar a aceitar recrutas transgênero. Mas o governo Trump alterou a data para 1º de janeiro de 2018, antes de reverter completamente a política.