O falecido ex-deputado Hermelindo Brasileiro, que dizia que o “poder é afrodisíaco”, tinha razão. Quando alguém está no poder ou tem perspectiva de poder, não falta alguém para lhe bajular. Quando é o contrário, esse alguém é abandonado e preterido por quem está na iminência de se tornar importante.
Esse parece o caso do senador Jorge Viana, que não conseguiu se reeleger nas eleições deste ano.
Visto como o único político capaz de “juntar os cacos” do que sobrou do partido no Acre, fundado em 1980 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Viana promoveu recentemente um almoço para conversar com as lideranças petistas acreanas sobre os rumos a serem tomados, porém poucos convidados apareceram para o “rega-bofe”.
Com mandato de senador a encerrar no início de 2019, Jorge Viana, com certeza a maior expressão política do PT e demais partidos da Frente Popular do Acre (FPA), está sentindo na pele os efeitos de um dos piores defeitos do ser humano: da ingratidão.
Afinal, esses que atualmente lhe viram as costas são os mesmos que durante vinte anos se lambuzaram com o bem-bom graças ao trabalho iniciado com a projeção política do senador.