Um paciente, que pediu para não ter o seu nome relevado, procurou a reportagem do ContilNet, nesta segunda-feira (03), denunciando que, por falta de combustível, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), não pôde trazê-lo do município de Porto Acre até Rio Branco simplesmente porque a unidade móvel estava sem combustível.
Se convalescendo dos sintomas de dengue, desmaios e calafrios, o paciente disse que pediu um amigo para ir até a base do SAMU, localizado na Vila do Incra, mas ao chegar no local, foi informado que o veículo não poderia sair do pátio porque o tanque de combustível estava quase vazio.
“Eles disseram que, se viessem de Porto Acre até a capital para me trazer ao hospital, não iriam ter como voltar porque o tanque de óleo estava quase seco. O motorista disse que se eu quisesse ao menos uma carona até só o Km 19, eles me deixariam lá para esperar um ônibus e eu, por conta própria, desse um jeito para chegar até o Pronto Socorro”, lamentou.
Vendo a situação, um conhecido do paciente, que é policial militar e estava a passeio junto com a família na Vila do Incra, em Porto Acre, foi quem trouxe o doente até a unidade hospitalar de Rio Branco.
Outro lado
Procurada pela reportagem do ContilNet para falar sobre o assunto, a diretora do SAMU, Lúcia Luna, disse que a denúncia não passa de “mentira” e negou que as ambulâncias do serviço móvel de urgência estejam desabastecidas de combustível.
“Isso não existe. Nunca existiu. Uma vez ou outra, é que os nossos fornecedores nos postos falta o óleo do tipo S-10, que abastece as ambulâncias, mas logo isso é repassado para outros postos e nossos carros jamais ficam sem combustível. Se, por exemplo, os carros do SAMU de Porto Acre não tivessem óleo para rodar, eles nem sairiam aqui da base de Rio Branco”, explicou a diretora.