22 de abril de 2024

Perpétua Almeida reclama de reajuste da energia, mas já votou contra os brasileiros nessa questão

Pose

A deputada federal eleita Perpétua Almeida (PCdoB) publicou nesta terça-feira (12), em sua fanpage na rede social Facebook, uma fotografia em que aparece ao lado da procuradora-geral do Ministério Público do Acre (MPAC), Kátia Rejane. A visita feita à chefe do MPAC está relacionada à ‘briga’ da parlamentar contra o que ela chama de reajustes abusivos da energia elétrica no estado. Beleza.

Águas de dezembro

Na postagem, sob o título “Energia no Acre vai ficar mais cara!”, Perpétua escreveu o seguinte: “A ‘falta de chuva’ foi a justificativa usada pela Eletrobras para aumentar a conta de luz dos acreanos em 21,29%, em alguns casos o aumento chegará a 28,04%. Como assim, gente? Nós estamos quase morrendo afogados com tanta chuva”.

Coitadinhos…

Segue o texto da parlamentar do PCdoB: “Preocupada com o impacto do aumento no bolso das famílias mais pobres fui ao Ministério Público do Acre pedir providências. A procuradora-geral Kátia Rejane garantiu que vai iniciar ações com a promotoria de defesa do consumidor do Estado para apurar os reajustes. Minha esperança é que o Ministério Público consiga barrar esse aumento absurdo”.

Muito cuidado nessa hora!

O pleito da deputada Perpétua Almeida é digno de elogios, não obstante algumas razões que nos levam a vislumbrar, por trás de sua aparente boa vontade, um cadinho de oportunismo político. Se não, vejamos.

Com o chapéu alheio

Em 2011, quando dona Perpétua ocupava cadeira na Câmara Federal, e Luiz Inácio, a sala principal do Palácio do Planalto, ela ajudou a aprovar um decreto legislativo referente a Itaipu. Pela proposta, os repasses da União ao Paraguai, relativos ao uso do excedente de energia da hidrelétrica de Itaipu, seriam reajustados de R$ 120 milhões à época para R$ 360 milhões/ano.

Sal na conta

A Câmara aprovou o pacote de bondades por 285 votos contra 54. Perpétua Almeida, Sibá Machado (PT), Taumaturgo Lima (PT) e Antônia Lúcia (então no PSC) ajudaram a aumentar a mesada para os hermanos paraguaios.

Lesa-pátria

Meses antes, Perpétua Almeida – bem como os demais então deputados citados acima –, tinha ajudado a derrubar o aumento de 15 reais no salário mínimo do trabalhador brasileiro.

Agravante

E o mais grave: o reajuste nos repasses feitos ao governo do Paraguai se deu em meio a cortes bilionários no orçamento, feitos pelo então presidente e hoje detento Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

Ela sabe…

Mais do que ninguém, dona Perpétua é sabedora de que a majoração na fatura da luz elétrica no estado decorre principalmente da cobrança de 25% de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o consumo de energia. E a tunga foi instituída no primeiro governo do hoje senador petista Jorge Viana.

Dobro da média

E ainda assim, a comunista nunca fez nada, nem sequer um discurso em praça pública, em favor da redução dessa taxa escorchante – já que a média nacional gira em torno de 17% de ICMS.

Observação necessária

Todos sabemos que a energia nunca foi um produto barato por estas bandas. Perpétua Almeida, não obstante isso, nunca esteve no Ministério Público para reclamar das tarifas, enquanto elas estavam sob o comando do governo federal.

Nem aí!

Bastou que a estatal de energia fosse privatizada para que a deputada federal eleita subisse nas tamancas contra o aumento da tarifa. Mas os paraguaios estão pouco se lixando pro nosso problema.

Registro

Este colunista está honrado com o resultado da pesquisa de opinião pública espontânea, feita pelo instituto Data Control, na qual os entrevistados são instados a citar empresas, marcas, personalidades e veículos de comunicação de que mais gostam.

Gratidão

O prêmio TOP OF MIND 2018 aponta esta Pimenta no Reino em segundo lugar entre as colunas políticas mais lidas e apreciadas pelo público acreano. Não é pouco, sobretudo se for levado em conta que assumi o espaço há pouco mais de um ano e que concorremos com dezenas de colunistas em todo o Acre. Aos leitores, o meu muito obrigado pela deferência.

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