Senador ameaça deixar o governo e Gladson responde com um chute nas canelas: toma-lhe, Petecão!

Desrespeito ao consumidor

Há mais de 15 dias fiz uma compra pela internet e os produtos que adquiri foram retidos para inspeção na Receita estadual. Até aí tudo bem não fosse o detalhe do prazo: enviada pelos Correios ao setor de avaliação da Receita, minha encomenda está lá desde a manhã do dia 26 de novembro.

Prejuízo…

A compra foi realizada no dia 19, e optei pelo envio por Sedex para ganhar tempo. Isso me custou 45 reais adicionais – mas nem esse fato sensibiliza quem deveria realizar a vistoria e liberar os meus produtos.

E insatisfação!

Enquanto os governos do PT, junto com o PTB e o antigo PMDB, trataram de quebrar aquela que outrora já foi julgada pelos usuários a empresa estatal mais confiável do país, transformando-a em um enorme elefante branco, lento e glutão, o estado do Acre age para aumentar ainda mais o prejuízo e a insatisfação daqueles que pagam caro pelas remessas e veem suas compras paradas sob o olhar indiferente dos burocratas.

Líquido e certo

Ora, se a Receita estadual não dá conta de fazer seu trabalho, seja lá qual for o motivo, deveria respeitar o direito do cidadão em receber as mercadorias pelas quais pagou – sobretudo se pagou mais caro por esse direito! E liberar os produtos que não consegue inspecionar.

Reclame

A quem responsabilizar em um caso como esse? O estado, claro! Mas por que cargas d’água não há, em setores da Defesa do Consumidor, quem atente para esse tipo de violação? Com a palavra, o Ministério Público do Estado do Acre.

Pega na mentira!

Médicos do Hospital Geral do Juruá desmentem a cantilena petista do governador Tião Viana de que ele deixará saldo de R$ 4 bilhões nas contas do estado para o sucessor Gladson Cameli (Progressistas).

É greve!

Os profissionais que prestam serviços à Ansau, responsável pela administração da unidade de saúde no Vale do Juruá, se encontram sem receber remuneração há dois meses, e por isso cruzaram os braços dias atrás. Se há tantos recursos sobrando nos cofres públicos, por que o governo não honra o compromisso de lhes pagar os salários de outubro e novembro?

Retaliações

Com as retaliações do governo – que prefere promover uma verdadeira caça às bruxas, transferindo alguns médicos da região para outras ainda mais isoladas, ao invés de quitar as dívidas com eles –, os grevistas agora se dispõem a romper o contrato de trabalho com a Ansau.

Ameaça

Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindimed-AC), a representante da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Suely Melo, teria ameaçado entrar na Justiça para obrigar a retomada dos serviços sem o pagamento das remunerações.

É cada uma…

Veja só como são as coisas. O governo deve os trabalhadores dois meses de serviço, não acena com o pagamento, os leva a crer que não verão a cor do dinheiro… E é dona Suely quem pretende recorrer à Justiça!

Chá de simancol

Do mesmo modo como cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém, umas xícaras de chá de simancol fariam milagres por essa turma do PT. Vai um chazinho aí, doutora Suely?

Como é que é?

A assessoria de imprensa do governo do Acre enviou às redações dos jornais um release no qual afirma que uma nova lei, a de nº 3.391, de julho de 2018, se configura em um imenso [o adjetivo é da coluna] incentivo à indústria, à geração de empregos e aos investimentos no setor produtivo do estado.

Canetada

Para tanto ‘resultado’, bastou uma canetada do governador do PT doando terrenos para que as empresas se instalem no Distrito Industrial.

Diga lá, patrão!

E pra provar a eficácia da decisão, o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, foi instado a dar uma declaração. E ele teria dito o seguinte: “A partir de agora, a gente consegue levar toda a segurança jurídica de (sic) atrair novos investimentos para o Distrito Industrial e nosso estado. Nós estamos muito felizes com o desenrolar do que aconteceu agora”.

Matemática financeira

Segundo a assessoria chapa-branca, José Adriano calcula que os financiamentos e parcerias para os novos investimentos deverão movimentar algo em torno de R$ 30 milhões.

O resto é com eles

Ora, foram precisos oito anos de governo para que Tião Viana descobrisse a pólvora. E com ela pronta, a explosão no mercado acreano é garantido, a julgar pela euforia do presidente da Fieac. O resto é apenas detalhe – que ficará a cargo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e do futuro governador do Acre, Gladson Cameli.

Só pode!

Com mais oito anos de mandato pela frente, o senador Sérgio Petecão (PSD) deve apostar na memória curta do eleitorado (que lhe deu uma votação histórica em outubro) ao protagonizar dois episódios lamentáveis em tão curto espaço de tempo.

Sofista

O primeiro deles foi ter votado a favor da ampliação do teto de gastos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e em seguida nos brindar com uma nota de esclarecimento em que nos tentava engabelar com um monte de sofismas.

Acordos de bastidor

Já o segundo evento vem a ser a cobrança pública ao governador eleito Gladson Cameli (Progressistas), que lhe havia prometido a cessão de espaço no futuro governo por meio do setor produtivo, incluindo a Agricultura.

Chorumela

Bastaram duas ameaças contra Gladson para que este reagisse à altura dos destemidos: mandou Petecão às favas ao anunciar, na noite desta terça-feira (4) o nome do futuro secretário de Agricultura. Para o senador do PSD, sobrou o choro sem as velas.

Pregação no deserto

É que enquanto Petecão apresentara um nome à altura do desafio de conduzir a pasta da Agricultura, Gladson se mostrara atencioso com o aliado. Mas em se trocando a indicação de um técnico pela de um aliado político, o futuro governador recuou, deixando o PSD a pregar no deserto.

Busílis

O problema não reside nos acordos em que se sustentam as alianças políticas. Mas na briga pública travada pelo parlamentar do PSD, logo após ter protagonizado um episódio (o do aumento do teto salarial dos ministros do STF) do qual sua popularidade saiu chamuscada.

Velho oeste

O parlamentar dos 244 mil votos tentou pressionar Gladson Cameli e acabou caindo do cavalo. Resta-lhe juntar-se com os antigos aliados do PT em oposição ao futuro governador do Progressistas.

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