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A matemática do MDB não leva em conta a aritmética política do prefeito Mazinho Serafim

Por ARCHIBALDO ANTUNES, DO CONTILNET

Avesso do avesso

A informação segundo a qual o MDB pretende recorrer à justiça caso o partido não indique o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) é mais um contrassenso dentro de outro contrassenso. A justificativa dada pelo articulador político do governo no Vale Juruá, o ex-prefeito Vagner Sales, é que a sigla possui a maior bancada na Aleac, o que vem a ser uma meia-verdade. MDB e Progressistas estão empatados com três cadeiras cada um.

Bico fechado

Com a decisão do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, em se declarar oposição ao governo de Gladson Cameli (Progressistas), a esposa do primeiro, a deputada estadual eleita Meire Serafim, também se diz oposição. E a executiva estadual do MDB não deu um pio sobre o assunto até o momento.

Lição de casa primeiro!

É de espantar que os emedebistas não consigam, dentro de casa, apaziguar os ânimos dos rebeldes, mas queiram dar ordens na Casa do Povo. Nem que pra isso tenham que recorrer ao Judiciário.

Tá na regra?

Veja quanto contrassenso, leitor: para apoiar as medidas do governo Cameli, o partido de Flaviano Melo teria, em tese, apenas dois membros, visto que dona Meire estaria do lado contrário. Mas para eleger o primeiro-secretário da Aleac, aí os emedebistas seriam três… Pode isso, Arnaldo?

Agravante

Pra piorar, o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul alega que “o MDB não fechou questão em torno de nomes”, do que se depreende que pode ser escalado para a primeira-secretaria da Aleac qualquer um dos três deputados – Meire Serafim, Roberto Duarte Júnior ou Antônia Sales. “O espaço é que está sendo reivindicado pelo nosso partido”, acrescentou Vagner em entrevista a um site local.

Como é que é?

Suponhamos que a indicação recaísse sobre a esposa de Mazinho, o que significa que a oposição teria o segundo maior cargo na Mesa Diretora. Tem horas que a política, por estas bandas, ao contrário do que ensina a velha máxima popular, parece coisa de amadores…

Descarte

Segundo o que afirmou Vagner Sales, há duas alternativas possíveis: a primeira delas seria juntar-se à oposição – o que ele já pode ir descartando, a julgar pela imagem recebida pela coluna, com integrantes da situação e oposição a supostamente declararem apoio ao deputado Nicolau Júnior (Progressistas) como presidente e a Luiz Gonzaga (PSDB) como primeiro-secretário.

Opção duvidosa

A outra alternativa seria recorrer à justiça para fazer valer a regra da proporcionalidade na escolha do cargo de 1º secretário. Duvido que o MDB chegaria a tanto. Mais fácil seria enquadrar o prefeito de Sena e sua esposa, Meire Serafim…

Contagem regressiva

A eleição para a Mesa Diretora do Parlamento Estadual se dará em aproximadamente 72 duas, no dia 1º de fevereiro.

Eu bem que avisei

Quando escrevi aqui neste espaço sobre o assunto, pela primeira vez, afirmei que o prefeito de Sena estava jogando a primeira-secretaria no colo do deputado tucano Luiz Gonzaga. Teve leitor que chiou. E eis o resultado.

Linha de frente

As manobras feitas em Brasília pelo senador eleito pelo MDB do Acre, Marcio Bittar, o colocam na linha de frente com o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Bittar tem trânsito livre com as principais figuras do Palácio do Planalto, incluindo o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que está interinamente no exercício do cargo de presidente da República.

Agradecimento, apoio e pedido

Segundo veiculado nesta segunda-feira (29) pelo portal ContilNet, Bittar e a esposa, Marcia, estiveram com Mourão para agradecer o apoio do PSL à candidatura do primeiro, nas eleições do ano passado, para declarar apoio às principais reformas do plano de governo de Bolsonaro e para pedir apoio à proposta de integração do Brasil com o Peru, através do Vale do Juruá.

À espera de um milagre

A propósito, li que a deputada federal eleita Mara Rocha (PSDB) se prepara para se destacar na bancada federal acreana. Só não disseram como haverá de fazer isso. Muito pelo contrário, a parlamentar tucana sumiu depois das eleições de outubro.

Esquadro

Com isso, temos o seguinte ‘desenho’: pela Câmara Federal, o deputado reeleito Alan Rick (DEM) é o grande interlocutor do Acre com a Presidência da República. E pelo Senado, este papel cabe a Marcio Bittar.

Fala sério!

As últimas ações do governo Gladson Cameli mostram que o antecessor, Tião Viana (PT), gastava mais do que seu governo conseguia arrecadar. Mas isso não foi nenhuma surpresa pra ninguém. E ainda há apoiadores de Tião querendo colocar a culpa em quem antecedeu Jorge Viana em seu primeiro mandato como governador do Acre, em 1999.

Pertinente

E por falar em Jorge Viana, muitos internautas criticaram as declarações do senador do PT – que se despede do mandato na próxima sexta-feira (1º) –, sobre a tragédia de Brumadinho, no interior de Minas Gerais. Segundo matéria veiculada por este portal, Jorge pede providências contra as mineradoras, no sentido de se evitar a repetição do que ocorreu também em Mariana (MG). A questão geral foi a seguinte: “Por que vocês [do PT] não fizeram nada enquanto estavam no governo?”.

Deu no Estadão

Os adversários de Renan Calheiros (MDB-AL) na disputa pela Presidência do Senado se reuniram, no início da noite desta segunda-feira (28), para definir estratégias conjuntas para o dia da eleição na Casa, marcada para o dia 1.º de fevereiro.

Anti-Renan

No encontro, ocorrido em um hotel em Brasília, eles combinaram que vão apoiar que a sessão preparatória seja presidida pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), com o objetivo de garantir o voto aberto e a possibilidade de vitória por maioria simples. As duas medidas são consideradas “anti-Renan”.

Resumão

O resumo do que ficou combinado é o seguinte: todos haverão de defender que Alcolumbre tenha permissão de conduzir os trabalhos, mesmo sendo candidato, e que todas as demais questões de ordem sejam encaminhadas em votação aberta, para que constem os nomes dos votantes no painel do Senado.

Segundo tempo

O próximo encontro dos senadores, segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, se dará no dia 31 deste mês, a fim de se manter o que foi acordado ou reavaliar a ofensiva, caso Renan seja preterido no MDB pela senadora Simone Tebet (MS), que também postula a presidência da Casa pelo partido.

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