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Em entrevista, Rêmulo Diniz se defende de acusações: “Nunca tive ligação com o crime organizado”

Por SAIMO MARTINS, DO CONTILNET

O delegado Rêmulo Diniz, afastado do cargo de secretário de Polícia Civil do Estado, concedeu uma entrevista coletiva, no fim da manhã desta quinta-feira (31), para se defender das acusações de seu suposto envolvimento com o crime organizado do Acre. Diniz negou as acusações e garantiu que não tem nenhum tipo de elo com o tenente Farias, preso em dezembro durante a Operação Sicário e nem com a facção Comando Vermelho, como foi acusado.

Delegado Rêmulo Diniz/Foto: ContilNet

“Não tenho nenhum tipo de ligação com o crime organizado, nem com faccionado, não atuo nem com informante, minha relação com o tenente Farias era profissional. Ele representava a Polícia Militar, que é um órgão de respeito. Ambas as instituições devem ser respeitadas”, declarou. O delegado afirmou que o afastamento do cargo de secretário foi feito por ele mesmo ao governador do Acre e ao vice.

Rêmulo frisou que os áudios vazados têm o objetivo de sujar seu nome frente ao Poder Judiciário, segundo ele, existe uma armação para afastá-lo do cargo. “Analisei os áudios e procurei todas as instâncias criminais e constatei que inexiste qualquer inquérito policial, procedimento administrativo, disciplinar, denuncia, ação penal em que eu figure como parte”, disse.

O delegado destacou que fez um pedido para que as investigações sejam conduzidas pela Polícia Federal, com o intuito de não prejudicar a instituição da Polícia Civil. Diniz pontuou ainda que o juiz responsável por conduzir o processo nunca perguntou a nenhumas das testemunhas sobre seu suposto envolvimento com facções. “Há mais de 220 paginas do processo, o juiz jamais perguntou se eu tive influencia com o crime”, explicou.

O delegado lembrou que a nota do Ministério Público do Acre comprova que não ele não cometeu nenhum crime. “A nota comprova que não tinha qualquer envolvimento com algo ilícito”, comentou.

Diniz finalizou dizendo que está aberto às investigações e afirmou que irá tomar medidas judicias para pedir direito de resposta aos jornais que divulgaram seu nome no caso. “Estou tomando todas as medidas necessárias sobre isso, claro, esperarei o desfecho das investigações”, concluiu.

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