O presidente Michel Temer enviou, ao Congresso Nacional, mensagem governamental que prevê a criação de duas novas universidades federais no Amazonas: a Universidade Federal do Médio e Baixo Amazonas e a Universidade Federal do Médio e Alto Solimões.
A mensagem, de número 799 e datada de 28 de dezembro deste ano, foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (31), e será analisada pelo Congresso Nacional. Caso aprovada, quatro municípios do Estado estarão na área de abrangência das duas novas universidades federais.
A Universidade Federal do Médio e Baixo Amazonas englobaria os municípios de Parintins e Itacoatiara, onde hoje funcionam, respectivamente, o Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) e o Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia de Itacoatiara (ICET), ambos hoje administrados pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Já a Universidade Federal do Médio e Alto Solimões compreenderia as atividades hoje realizadas em outros dois campi da UFAM: o Instituto de Natureza e Cultura (INC), localizado em Benjamin Constant, e o Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB), localizado no município de Coari. Caso a criação destas universidades seja aprovada pelo Congresso Nacional, as unidades passarão a ter autonomia administrativa, pedagógica e financeira, inclusive com a eleição de novos reitores e corpo diretivo.
“Recebemos, eu e o vice-reitor, doutor Jacob Cohen, com muita alegria esta notícia. Essa já era uma demanda antiga dos municípios e que agora está sendo atendida. Vamos atuar junto à bancada amazonense para buscar a aprovação”, afirmou o reitor da UFAM, Sylvio Puga, destacando a atuação do ministro da Educação, Rossieli Soares, para a proposta de criação das duas universidades. “Ele encampou essa causa e foi fundamental. Quando essas unidades foram criadas, a ideia é que elas virassem, futuramente, universidades”.
O ministro Rossieli Soares considerou a mensagem governamental como “um grande passo para o Amazonas”. “O Estado tem característica geográfica muito específica e uma necessidade de olhar a pesquisa, o ensino e a extensão para o interior do Amazonas”, analisou ele.
De acordo com o reitor da UFAM, a criação de novas universidades, caso aprovada, seria bastante benéfica para a educação superior no Amazonas. “Essas universidades já têm estrutura física, corpo técnico, professores e agora poderão expandir e criar novos cursos, que nós não teríamos condição de criar. O Amazonas já vinha precisando de novas instituições federais. Não há perdas, só há ganhos com isso”, sustentou, citando o exemplo do Pará, que hoje possui quatro universidades federais.
Para Rossieli, caso haja a aprovação no Congresso Nacional, será um avanço fundamental para o Amazonas. “Tenho certeza que esse será um dos maiores legados que deixaremos para o nosso Estado”, defendeu o ministro, que já foi secretário de Educação do Amazonas e assumirá, a partir de amanhã, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.