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“Os problemas são até maiores do que se imagina”, diz Alysson Bestene sobre saúde no Acre

Por MÁGILA CAMPOS, SECOM

A população está ansiosa por melhorias, porque sente, diariamente, as dificuldades quando procura o Sistema de Saúde nas unidades do nosso Estado. E por isso, estamos trabalhando incansavelmente para apresentar soluções rápidas e eficientes”. A declaração é do atual secretário de Saúde do Estado do Acre, Alysson Bestene, que há 21 dias assumiu a pasta.

A Sesacre vai atuar para solucionar as principais carências do estado (Foto: Júnior Aguiar)

O gestor, nomeado pelo governador Gladson Cameli, para compor a equipe, participou do programa radiofônico, Resenha Aldeia, e junto com o diretor interino de Atenção a Saúde, Wilson Afonso, apontou alguns dos principais desafios encontrados na pasta nesse início de gestão.

Bestene destacou que a saúde precisa de ações emergenciais em todos os setores, e que sua equipe está traçando um relatório situacional de cada estabelecimento de saúde, desde a capital ao interior do estado, para traçar novos rumos.

“Os primeiros vinte dias foram de trabalho intenso dentro do sistema público para fazer um levantamento das principais necessidades da saúde acreana. Constatamos que os problemas são até maiores do que se imagina, mas estamos empenhados em encontrar soluções e assim ofertar serviços de qualidade para o nosso povo”, explica.

O secretário explicou que recebeu a pasta com problemas de gerência e financeiros graves, que a gestão passada deixou muitos débitos acumulados. ” A saúde tem dívidas que já vem se arrastando de um ano para outro. Hoje, a saúde do nosso estado tem uma déficit de aproximadamente R$ 64 milhões”, ressalta.

Mesmo assim, Bestene assegurou que a equipe vai atuar para solucionar as principais carências e dá assistência aos 22 municípios do estado. Que nessa nova gestão, as unidades de saúde das cidades interioranas serão atendidas. E, que para isso, o estado trabalhará integrado com as prefeituras e municípios de cada localidade.

Melhorar a atenção básica

O líder, ressaltou ainda que haverá um empenho para melhorar os serviços do sistema de atenção básica, que é a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde públicos. Disse, que apesar da crise, e do deficit de profissionais, onde houver necessidade, haverá redistribuição para que não faltem especialistas nos locais de atenção primária.

Além disso, o gestor lembrou que outra bandeira defendida pelo governador é a valorização dos profissionais do ramo. E que para ampliar o número de servidores existe a previsão da realização de um concurso simplificado para contratação de médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.

O secretário e o diretor de Wilson Afonso participaram do programa Resenha Aldeia ( Foto: Odair Leal)

O secretário e o diretor de Wilson Afonso participaram do programa Resenha Aldeia ( Foto: Odair Leal)

“O governo assumiu o compromisso de trabalhar para melhorar a saúde do nosso estado, e a valorização do quadro de pessoal faz parte desse processo, porque são eles, que ficam lá na ponta, diariamente, cuidado dos pacientes”, ressalta o secretário.

Para honrar os compromissos, o diretor interino de Atenção a Saúde, Wilson Afonso,  lembrou que o estado vai reforçar as equipes profissionais, regularizar os pagamentos atrasados de quadros como o Pró-Saúde e investir na humanização dos serviços.

Paralelo a isso, serão retomadas as obras inacabadas da rede, como a verticalização do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb),  e a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá.

Na oportunidade o diretor se dirigiu ainda as populações de alguns municípios. “Estamos visitando todas as unidades do nosso estado e algumas estão bem deterioradas”. Entre as unidades que precisam de intervenção imediata, ele destacou o hospital de Sena Madureira, que precisa de reforma.

“Na Vila Campinas também tem uma unidade deteriorada, com goteiras, infiltração. Lá em Manoel Urbano está precisando de uma reforma há anos. Xapuri está em condição semelhante. São situações de calamidade pública, mas com um novo olhar vamos tentar mudar essas situações”, frisa.

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