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Petistas ironizam disputa por cargos no novo governo: é que a máquina diminuiu, companheiros!

Por ARCHIBALDO ANTUNES, DO CONTILNET

Ao pé do ouvido

Horas depois da investida feita pelo presidente do MDB do Acre, deputado federal Flaviano Melo, em favor da participação da sigla na nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Roberto Duarte Júnior (MDB) foi visto em uma conversa ao pé do ouvido com o colega Edvaldo Magalhães, eleito pelo PCdoB.

Registro fotográfico

O encontro entre Duarte e Edvaldo se deu no restaurante O Paço, no Parque da Maternidade, na noite desta sexta-feira (4). O registro fotográfico foi enviado ao site e acabou no e-mail do colunista.

Elementar

Pode-se concluir que o parlamentar do MDB foi ouvir conselhos e pedir apoio de um representante da bancada de oposição. Nada de errado nisso, claro. Sobretudo porque Edvaldo já presidiu a Aleac. E conhece, como poucos, o Regimento Interno da Casa e também o que, em linguagem popular, costuma se chamar de “caminho das pedras”.

Queixume

O mais relevante a destacarmos, porém, é que os emedebistas não estão nada satisfeitos com as perspectivas de espaço da sigla na administração Cameli. E o primeiro a tornar pública essa insatisfação foi o líder do segmento jovem da legenda, Frank Vidal. Ele defende que a juventude emedebista seja contemplada na partilha do bolo estatal.

Excesso de modéstia

O descontentamento dentro do MDB decorre da força da sigla no Acre, que tem três deputados estaduais, dois federais e um senador da República. Para Flaviano, isso serve como credencial para que o partido ocupe a primeira-secretaria do Legislativo. Já seus correligionários lastimam a modéstia do dirigente emedebista.

Devagar com o andor

Ocorre que, na minha humilde opinião, a disputa por cargos em comissão está sendo antecipada – assim como a decepção de alguns será inevitável. Ao expor publicamente suas angústias, os postulantes a comissionados não devem estar a par dos acontecimentos dos últimos dias. O Diário Oficial do Estado, por exemplo, publicou esta semana as portarias de nomeação dos secretários de estado e – o de ontem (4) – de alguns nomes que vão comandar três autarquias e uma fundação ligadas ao governo.

Provocação – e nada mais!

Além do mais, a zombaria companheira, expressa nas redes sociais com a intenção de provocar os descontentes, precisa levar em conta que o tamanho da máquina diminuiu bastante sob o comando do governador Gladson Cameli (Progressistas).

Estado menor

Foi-se o tempo em que o ocupante da Casa Rosada tinha um guarda-sol para abrigar, à sombra do poder, mais de 2 mil apaniguados políticos. Esse total foi cortado para menos da metade: mais precisamente para 900 postos de livre nomeação.

Vai sobrar dinheiro

E a poupança decorrente da reforma administrativa aprovada pelo parlamento estadual, por iniciativa de Cameli, tem valor estimado em R$ 100 milhões de reais//ano.

Contraponto

Com isso, creio, a questão não é bem a insatisfação precoce de aliados de Cameli, mas a reação do povo ao que será feito com os recursos economizados. Tião Viana concedeu muitas e generosas benesses aos seus protegidos políticos, em detrimento da eficiência dos serviços públicos. Gladson, ao contrário, se mostra mais preocupado em apresentar respostas aos problemas sociais vividos pelos acreanos. Exemplo? A medida que retoma o funcionamento em dois expedientes nos órgãos e o anúncio de que os aprovados no concurso da Polícia Militar serão convocados com urgência.

Balança

Em suma, a aprovação popular pesará bem mais na balança que a subserviência dos agraciados com cargos de livre nomeação – que no governo do PT, finda a mamata, passaram, em grande parte, a detratar seu benfeitor.

Leitura dinâmica

Pra encerrar, vejo nas provocações dos adversários do novo governo um misto de nostalgia pelos que entram, e uma boa dose de regozijo ante as queixas dos que temem ficar de fora.

Petardos

A propósito, a simples menção à possibilidade de assumir um cargo como assessor especial no novo governo, o ex-deputado constituinte Osmir Lima já começa a ser alvo de críticas. Por conhecê-lo, e ter gozado do privilégio de atuar com ele no programa Tribuna Livre, da TV Rio Branco, faço com veemência sua defesa neste espaço.

O valor da honra

Não só aprendi muito com Osmir Lima, como sou sabedor de que ele recusou benesse no governo de Tião Viana, por lhe terem feito a oferta de um cargo meramente decorativo. O ex-deputado abriu mão do salário de R$ 6 mil, que haveria de lhe cair na conta bancária sem esforço algum de sua parte. Na época, Osmir me confidenciou ter rejeitado a oferta por saber que ela dispensava quaisquer contrapartidas pessoais que justificassem a remuneração. E pediu pra sair.

Deu no Diário Oficial

Alércio Dias foi nomeado diretor-presidente do Instituto de Previdência Social do Estado, o Acreprevidência. O decreto de nomeação foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta (4).

Sob nova direção

Já o ex-prefeito de Epitaciolândia André Hassem (Progressistas) assumiu a presidência do Instituto de Meio Ambiente e Análises Climáticas do Acre (Imac). Também está no DOE desta sexta.

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