Sem a perspectiva de emprego formal, cresce o número de profissionais atuando como freelancer. O termo é utilizado para identificar profissionais que trabalham de forma independente, que geralmente atuam nas áreas de Comunicação e Tecnologia da Informação. São profissionais que exercem a profissão sem vínculo empregatício e as garantias asseguradas pela carteira assinada.
“Como não estava achando nada fixo, comecei a topar alguns trabalhos que apareciam na área. Poucas foram as entrevistas de emprego que eu fiz desde que fiquei desempregada. Já os freelas possuem uma demanda maior”, comenta a jornalista Lorena Souza, que está trabalhando como freelacer há 5 meses.
Mas nem tudo é desvantagem no trabalho de freelancer. Entre as vantagens, é possível escolher o local e horário de trabalho, ter mais opções de conciliar com a rotina pessoal. Por isso, a atividade vem ganhando cada vez mais espaço e se tornando mais popular atualmente. Muitas vezes, o freela é visto como uma fonte de renda extra para tentar chegar mais tranquilo ao final do mês.
Alguns atuam como frela por opção. É o caso da Designer de Interiores Caliandra Menezes. Ao perceber, desde a faculdade, as dificuldades até para estagiar, escolheu ser freelancer e se adaptou bem à modalidade. “Decidi fazer alguns serviços por conta própria e, com o tempo, fui percebendo que isso era bom. Eu ia ter uma liberdade maior”, avalia.
Caliandra lista outros pontos positivos na área, como flexibilidade para fazer seu próprio horário, autonomia para definir seu ritmo de trabalho, métodos e padrões de entrega para o cliente. Mas também existem desvantagens. “É difícil bancar tudo, não ter um valor fixo ao final do mês na conta. Afinal, em alguns momentos, você tem muitos serviços e ganha muito, já em outros meses não tem quase nada e, consequentemente, fatura pouco”, conta.
Essa é uma preocupação comum entre os profissionais que atuam com freelancer. Dados de uma pesquisa do site trampos.co revelaram que 57% dos brasileiros que atuam dessa forma sentem falta de renda fixa e benefícios assegurados pelas leis trabalhistas. Para 68% dos pesquisados, conseguir clientes é uma grande preocupação. Por outro lado, 35% afirmaram que a flexibilidade gera motivação para a rotina. Um dado curioso: apenas 1% disse ter saudades de ter um chefe.
Bem adaptada ao modelo de trabalho, Caliandra dá dicas para quem quer começar a faturar por conta própria. “É bom, antes de tudo, ter visão de empreendedor. Não encarar como opção, mas sim como escolha. Além de se organizar financeiramente, guardar um valor para épocas de escassez e fazer um plano de negócios”, recomenda.
Para os freelancers de plantão ou para quem pretende e tem um sonho de trabalhar para si mesmo, vai aí outra dica: é preciso ter boa comunicação, organização e manter os estudos em dia. Atualização é palavra de ordem para quem atua profissionalmente, seja com carteira assinada ou com freela.
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Saiba Mais
Além do frreelancer, existem outras categorias de trabalho. Você sabe a diferença entre autônomo, profissional liberal, trabalhador remoto e freelancer? Existem diferenças entre eles, apesar de muitos pensarem que todos se enquadram como o freela. Confira:
O “autônomo” é o profissional que não precisa ter formação universitária ou nível técnico para praticar a sua profissão.
“Profissional Liberal”, trabalha de forma independente, mas precisa de formação, seja ela técnica ou uma faculdade, para exercer legalmente sua profissão.
Já o “Trabalho remoto” causa certa confusão com o freelancer. Ambos podem trabalhar de casa. A única diferença é que no trabalho remoto, a pessoa tem vínculo empregatício e, geralmente, trabalha exclusivamente para uma única empresa.
“Freelancer” tem formação universitária e trabalha de forma independente. Esse termo é utilizado por profissionais da área de Comunicação e Tecnologia da Informação. Como o termo vem se popularizando, já existem profissionais de outras áreas que também usam esse termo.